Governo garante prioridade no reforço da vacina para quem for para mesas de voto

Governo garante prioridade no reforço da vacina para quem for para mesas de voto


Anúncio foi feito esta quinta-feira por António Costa, numa altura em que o Governo aguarda parecer da PGR para decidir se infetados e co-habitantes poderão quebrar isolamento para ir votar.


As pessoas que vão integrar as mesas de voto nas eleições legislativas marcadas para 30 de Janeiro vão ter prioridade no reforço da vacinação. A garantia foi dada esta quinta-feira por António Costa no briefing do Conselho de Ministros, questionado sobre em que ponto está a organização do ato eleitoral.

Não foi indicado em que momento ocorrerá a vacinação, mas a preocupação, explicou António Costa, é proteger as pessoas que vão estar a interagir com os eleitores ao longo do dia, que a esta altura não está ainda fechado se incluirão também pessoas com diagnóstico confirmado de covid-19.

Esta quarta-feira o Presidente da República avançou que o Governo tinha pedido um parecer à PGR sobre a possibilidade de pessoas isoladas poderem ir votar. António Costa explicou esta quinta-feira que, para haver segurança jurídica, foi pedido à Procuradoria Geral da República "um parecer com caráter de urgência para ficar claro se em alguma condição é suscetível a limitação do direito de voto por haver isolamento profilático", indiciando que o pedido de parecer não foi sobre a quebra do isolamento mas sobre o isolamento limitar o direito a votar.

Entretanto, o primeiro-ministro adiantou que já foi pedido à Associação Nacional dos Municípios Portugueses para aumentarem o máximo possível as mesas e que a Ministra da Administração interna vai reunir-se com os partidos para "ver a melhor forma de nos organizamos para que quem estiver isolado, os cohabitantes, e os que estão infetados o possam fazer presencialmente."

António Costa disse que tem ouvido algumas ideias "interessantes", como poder estender o horário das mesas de voto, mas reforçou que tal não é possível a esta altura porque depende de uma alteração à lei eleitoral. "Só a AR em condições normais pode proceder a essa alteração. Há soluções interessantes mas que não podem avançar."

A preocupação, disse o primeiro-ministro, é assegurar que todas as pessoas possam exercer o direito de voto e que todos o façam em segurança e não deixem de votar "por receio de ser contaminados".

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