Advogada de João Rendeiro diz que recurso sobre prisão preventiva vai dar entrada amanhã no tribunal

Advogada de João Rendeiro diz que recurso sobre prisão preventiva vai dar entrada amanhã no tribunal


“Enviei agora o recurso para ser formalizado. Será processado amanhã”, confirmou a advogada à agência Lusa.


O recurso do ex-presidente do BPP João Rendeiro sobre a sua prisão preventiva no estabelecimento prisional de Westville, em Durban, África do Sul, vai dar entrada na sexta-feira, avançou esta quinta-feira a advogada sul-africana June Marks.

"Enviei agora o recurso para ser formalizado. Será processado amanhã", confirmou a advogada à agência Lusa.

Na sequência da detenção a 11 de dezembro no hotel Forest Manor Boutique Guesthouse, em Durban, João Rendeiro foi presente ao juiz Rajesh Parshotam, do tribunal de Verulam, que lhe decretou no dia 17 a medida de coação mais gravosa, encaminhando o ex-banqueiro para a cadeia de Westville, uma das maiores prisões do país, depois de rejeitar a libertação sob caução.

"O documento de recurso fala por si. Acreditamos que a decisão dos magistrados não se baseou na lei sul-africana e não se baseou em provas", apontou June Marks, ao garantir que o estado de espírito de João Rendeiro "parece bom". 

Com o recurso entregue, a advogada de Rendeiro disse que agora é momento para o tribunal de magistratura – como o de Verulam – ler o documento e preparar o registo com as razões que levaram à aplicação daquela medida de coação, com o objetivo final de o juiz do Tribunal Superior (High Court, na designação sul-africana) poder posteriormente avaliar e tomar uma decisão sobre a manutenção ou eventual alteração da prisão preventiva do antigo presidente do BPP. 

Portugal poderá submeter a documentação para formalizar o pedido de extradição do ex-banqueiro até ao dia 20 de janeiro, visto que foi prorrogado para o máximo de 40 dias, confirmou, esta quinta-feira, a porta-voz da National Prosecuting Authority (NPA), o Ministério Público da África do Sul, Natasha Ramkisson, à agência Lusa.

Esta decisão surge na sequência do final do primeiro prazo de 18 dias para a formalização do pedido de extradição, contabilizado desde a detenção do ex-banqueiro em Durban no passado dia 11.

A mesma fonte também interrogou o Ministério Público português, mas não recebeu qualquer resposta.