O saldo orçamental registou um excedente de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano, o que compara com um défice de 4,2% no período homólogo, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira.
“Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP [Administrações Públicas] no 3.º trimestre de 2021 atingiu o valor positivo de 1.904,1 milhões de euros, correspondentes a 3,5% do PIB, o que compara com -4,2% no período homólogo”, lê-se nas Contas Nacionais Trimestrais Por Setor Institucional.
O gabinete de estatística acrescenta ainda que “note-se, no entanto, que este resultado é influenciado pelo registo no 3º trimestre como transferência de capital recebida, o reembolso da margem pré-paga e respetivos juros de aplicação, no montante de 1 114,2 milhões de euros retida aquando da concessão do empréstimo, pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira ao Estado Português”.
João Leão: "Um resultado muito positivo para Portugal"
“No conjunto do ano 2021 Portugal vai mais uma vez cumprir as metas orçamentais e assegurar uma redução do défice orçamental para 4,3 % do PIB”, reforçou o ministro das Finanças numa reação a estes dados. “Um resultado muito positivo para Portugal, que assenta na forte recuperação da economia e do emprego, que atingiu neste trimestre o valor mais alto da última década”, disse ainda João Leão.
E acrescentou: “É um resultado muito positivo para Portugal, que assenta na forte recuperação da economia e do emprego que atingiu neste trimestre o valor mais alto da última década”, afirmou João Leão.
Quando ao saldo orçamental que registou um excedente de 3,5% do PIB, João Leão não tem dúvidas: “Está associado ao facto do Estado ter beneficiado de uma receita extraordinária de 1100 milhões de euros de acertos de juros dos empréstimos do Programa de Ajustamento”.