A guarda costeira grega disse que 12 pessoas, incluindo crianças, foram resgatadas e transportadas para a ilha vizinha de Santorini, segundo as agências de notícias Associated Press e France-Presse.
Um migrante morreu e dezenas de pessoas poderão estar desaparecidas quando a embarcação em que viajavam se afundou ao largo da ilha grega de Folegandros, anunciou esta quarta-feira a guarda costeira da Grécia.
O corpo do homem não identificado foi recuperado durante uma operação de busca e salvamento que foi lançada na terça-feira à noite, após o barco se ter afundado a cerca de 180 quilómetros a sudeste da capital grega, Atenas.
A guarda costeira grega disse que 12 pessoas, incluindo crianças, foram resgatadas e transportadas para a ilha vizinha de Santorini, segundo as agências de notícias Associated Press e France-Presse.
A maioria dos sobreviventes disse que havia originalmente 32 pessoas no barco, mas um disse às autoridades que havia cerca de 50.
"Presumimos sempre o pior cenário possível, neste caso, que 50 pessoas estavam no barco", disse o porta-voz da Guarda Costeira Nikos Kokkalas à televisão estatal ERT.
"Os sobreviventes chegaram a um bote que estava amarrado ao barco. Apenas dois deles estavam a usar coletes salva-vidas", acrescentou o porta-voz.
As autoridades gregas disseram que participam na operação de busca e salvamento quatro navios da guarda costeira, dois helicópteros da Marinha e da Força Aérea, um avião de transporte militar, cinco navios que se encontravam na zona e três navios privados.
Os migrantes resgatados – sete iraquianos, três sírios e dois egípcios – foram hospitalizados como medida de precaução na ilha de Santorini.
Cerca de 8.500 requerentes de asilo chegaram à Grécia em 2021, principalmente através da fronteira nordeste com a Turquia, de acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Segundo estimativas da ONU, há cerca de 96.000 refugiados e requerentes de asilo em território grego.
No Vaticano, o Papa Francisco exortou hoje a Europa a agir com uma "responsabilidade partilhada" face ao fenómeno migratório e não deixar apenas alguns países a suportar o peso das consequências.
"Alguns países europeus estão a suportar o peso das consequências do fenómeno migratório na zona mediterrânica, quando na realidade isto exige uma responsabilidade partilhada de todos, da qual nenhum país se pode isentar. É um problema de humanidade", disse o Papa, no final da audiência geral.
Francisco também apelou para que os países europeus permitam que as instituições religiosas acolham migrantes, ao recordar que, "graças à abertura das autoridades italianas", pôde levar para Roma migrantes durante uma visita recente a Chipre.
Um primeiro grupo de 12 pessoas chegou nos últimos dias a Roma e espera-se a chegada de mais cerca de cinquenta nas próximas semanas.
"É um pequeno sinal que espero que sirva de estímulo para que outros países europeus permitam que as realidades eclesiais locais se encarreguem de outros irmãos e irmãs que precisam urgentemente de ser deslocalizados, acompanhados, ajudados e integrados", acrescentou.