O presidente do CDS-PP recorreu à rede social Twitter, esta quarta-feira, para afirmar que caso pertença ao Governo eleito nas próximas legislativas vai privatizar a TAP "no dia seguinte".
"A TAP voltou a provar que é uma birra do ministro Pedro Nuno Santos, e que é um buraco negro para os contribuintes. Com o CDS-PP no governo a TAP será privatizada no dia seguinte", escreveu Francisco Rodrigues dos Santos no Twitter.
Ontem a Comissão Europeia aprovou o plano de reestruturação da TAP, o que mereceu uma conferência de imprensa feita pelo ministro das Infraestruturas. Numa nota a propósito da aprovação, o líder centrista disse que "o atraso português também se verifica na teimosia com que a esquerda insiste que o serviço público só pode ser garantido por uma empresa detida pelo Estado".
Para Francisco Rodrigues dos Santos, isso "não é verdade", ao considerar Portugal como "um dos últimos países cuja companhia de bandeira é ainda uma empresa pública", vincou.
Nos seis anos de "renacionalização" realizada por António Costa, "a TAP já recebeu cerca de 1.200 milhões de euros" e esta ajuda pública vai continuar e ultrapassar "os 3.000 milhões de euros", apontou o líder centrista, ao frisar que "estas ajudas não caem do céu", mas sim "dos bolsos dos portugueses que, mais uma vez, serão chamados a tapar o buraco deste ruinoso negócio socialista".
"Quantos hospitais se poderiam construir com 3.000 milhões de euros? Em quanto se poderiam baixar os impostos às famílias? Em quanto poderíamos reduzir a nossa dívida pública? Quantos medicamentos se poderiam comprar e distribuir aos idosos mais pobres? Quantas ajudas poderíamos dar aos jovens em início de vida?", questionou o presidente do CDS-PP na mesma nota.
A Comissão Europeia não aprovou apenas o plano de reestruturação da TAP, mas ainda a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, no entanto impôs determinadas condições, entre as quais que a companhia aérea terá de disponibilizar até 18 'slots' por dia no aeroporto de Lisboa.
O plano "estabelece um pacote de medidas para racionalizar as operações da TAP e reduzir os custos", nomeadamente a divisão de atividades entre, por um lado as da TAP Air Portugal e da Portugalia (que serão apoiadas e reestruturadas), e por outro a alienação de "ativos não essenciais" como filiais em atividades adjacentes de manutenção (no Brasil) e restauração e assistência em terra (que é prestada pela Groundforce)".
Além disso, a TAP ficará "proibida de quaisquer aquisições" e reduzirá a sua frota "até ao final do plano de reestruturação, racionalizando a sua rede e ajustando-se às últimas previsões que estimam que a procura não irá aumentar antes de 2023 devido à pandemia", ressalva a instituição.
O plano foi entregue pelo Governo há um ano, tendo, entretanto, instaurado medidas como a redução de trabalhadores.