A enorme responsabilidade de todos os portugueses


É imperativo melhorar a competitividade internacional da nossa economia. Tornarmo-nos num país com potencial para os nossos jovens empreendedores – fundamentais para o enriquecimento, a manutenção e o rejuvenescimento da nossa sociedade, criando oportunidades e condições atrativas para Portugal ser a sua opção para trabalhar e viver.


A degradação contínua da nossa classe política está a originar o empobrecimento do país, com consequências muitíssimo nefastas para os portugueses. Neste artigo, volto a escrever sobre vários factores que impedem a nossa economia de crescer.

Recebemos, recentemente, a grave notícia do fecho da Central a carvão do Pego, um escândalo a reação exuberante do nosso “Ministro do Ambiente e do Desemprego”! A Central funcionava em horas imprescindíveis para a estabilidade do Sistema Eléctrico Nacional e produzia a custos mais baixos do que as centrais de gás natural, logo, defendendo os interesses dos Consumidores. A nível mundial, Portugal só é responsável por 0,16% do total da emissão de gases com efeito de estufa e já tinha fechado a Central de Sines. Verifico que, em muitos países, centrais a carvão estão a reiniciar a produção como medida para estabilizar os seus sistemas eléctricos e para reduzir os preços da electricidade aos Consumidores. Por cá, os preços da electricidade estão escandalosamente elevados, a ponto de colocarem em causa a manutenção em Portugal de muitas empresas. Trabalha então este governo para quê? Para aumentar o desemprego, só pode! Para que temos então neste governo um ministro adjunto da Economia?

É imperativo melhorar a competitividade internacional da nossa economia. Tornarmo-nos num país com potencial para os nossos jovens empreendedores – fundamentais para o enriquecimento, a manutenção e o rejuvenescimento da nossa sociedade, criando oportunidades e condições atrativas para Portugal ser a sua opção para trabalhar e viver – sob pena de nos tornarmos o país com a média etária mais elevada da Europa, de não conseguirmos acompanhar os outros países, não crescermos e assim não protegermos os nossos níveis salariais e nem as nossas reformas!

Quero aqui deixar as minhas profundas felicitações ao Presidente da Sedes, Dr. Álvaro Beleza, pelo enorme trabalho, e de altíssima qualidade, desenvolvido para a preparação do Congresso dos 50 anos daquela Instituição. As minhas felicitações são extensíveis a todos os que trabalharam para as apresentações feitas ao longo do Congresso e estou certo que, o Livro, que em boa hora decidiram vir a publicar com as conclusões deste, será um documento de enorme valor para o equilíbrio e o imprescindível desenvolvimento económico de Portugal.

Dialogando sobre a Qualidade da nossa Democracia muitos criticam o Serviço Nacional de Saúde. Todavia, tenho assistido a muitos debates sobre o SNS e nunca vi referidos os dois problemas que abaixo descrevo: – O SNS é o exemplo de um Sistema que tem de trabalhar em laboração contínua. Para que a sua gestão seja mais fácil, é fundamental que não existam lacunas entre os turnos. Ou seja, é muito importante que os turnos tenham 8 horas, para que, com 3 turnos, se perfaçam as 24 horas do dia. Não compreendo, portanto, como se decidiu que os trabalhadores do SNS, e muitos outros, trabalhem apenas 35 horas por semana, pois trabalham 7 horas por dia, ficando a faltar 1 hora em cada turno! Calculam os Leitores a adversidade permanente existente quando se tem de gerir um serviço, que, logo à partida, exige 1 hora extraordinária por dia a cada Colaborador? Pretende-se, para início dos trabalhos, pagar 242 horas extraordinárias, por ano, por Colaborador? E, como bem vê o Leitor, por cada um que não faça as mencionadas horas extraordinárias, outro terá de as fazer a dobrar!

– Sobre a gestão de recursos humanos no SNS pergunto-me: Como é possível que um gestor privado seja multado, e até mesmo sujeito a processos crime, se impuser aos seus Colaboradores os horários que o SNS impõe a muitos médicos internos dos hospitais? Então, a Autoridade para as Condições do Trabalho só se preocupa com os privados? Não deveria esta entidade actuar de uma forma uniforme no país?

Em artigos anteriores debrucei-me sobre a arrogância da Classe Política, a degradação do Sistema Educativo, os problemas da Justiça, a elevada burocracia e a alta carga tributária, a Corrupção e a falta de crescimento económico como assuntos de fundo, para os quais a Sociedade Civil tem de se consciencializar e exigindo uma solução urgente à Classe Política.

Para atingirmos os objectivos a que nos propomos, necessitamos de implementar um novo tipo de relacionamento entre a Sociedade Civil e os políticos, começando pela imprescindível Reforma da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, que a Constituição já permite desde 1997!

É fundamental que um número elevado de Deputados seja escolhido pelo voto directo dos eleitores em Círculos Uninominais, em que é eleito o Deputado mais votado.

O ex-deputado da Nação José Ribeiro e Castro apresentou, recentemente, mais um trabalho notável. Um estudo com a distribuição dos 105 Círculos Uninominais pelo país, no seguimento de uma proposta de Assembleia da República com 229 Deputados, objecto do nosso “Manifesto: Por uma Democracia de Qualidade”. O importantíssimo documento com a distribuição dos círculos uninominais pode ser consultado em:

https://drive.google.com/file/d/1B7na_xS5ixqPQUqcHkjPuhu_NqXK53cj/view ou solicitado através do email: porumademocraciadequalidade@gmail.com

Os portugueses têm a importante missão de apoiar e de lutar para que esta Reforma seja rapidamente implementada!

Empresário e Gestor de Empresas

Subscritor do “Manifesto: Por uma Democracia de Qualidade”