Decidi, desta forma, interromper o “pousio” a que me tinha proposto para preparar o lançamento do Movimento de Militares pela Verdade (MMV), pois o seu aparecimento (na página do Facebook) motivou muito interesse e algumas acusações.
Decidi por isso voltar para esclarecer desde já:
De que nos acusam?
De sermos Negacionistas como outros setores sociais que pretensamente lutam pela verdade (e.g. médicos).
Não… somos positivistas… lutamos pelo encontro com a Verdade, com diálogo e concertação, mas assentes em Provas (e.g. documentos)… para além dos valores em que acreditamos e das convicções que, ao longo da vida, fomos construindo.
Propomo-nos discutir, com todos os membros, assuntos e matérias de âmbito nacional e internacional.
De ordem social, política, de segurança e defesa… todas aquelas que interessam ao desenvolvimento de uma Nação lúcida, esclarecida, sustentada e sustentável nas capacidades e nas realidades, sem demagogia, cinismo ou hipocrisia… sem declarações de classe ou de “casta”, inclusiva, mas assente na Verdade, pois acreditamos que só a Verdade, construída na participação, com objetividade e no rigor, tem condições para permanecer e triunfar.
Somos um Movimento de Militares em todas as situações (ativo, reserva e reforma) de todas as classes (oficiais, sargentos e praças) maioritariamente pertencentes aos quadros permanentes, mas abertos a outras situações.
Partimos de um núcleo organizado, constituído em volta de um Secretariado. Nele encontramos um Secretário Coordenador (SC) e o seu Adjunto, Secretários Adjuntos (SA) para as áreas da Justiça/Legalidade e dos Recursos e ainda para os assuntos da Armadas, do Exército, da Forças Aérea e da Guarda Nacional Republicana (cada um deverá ter um Adjunto do SA – um ASA).
No preenchimento e recrutamento, até agora realizado, procuramos num equilíbrio ajustado à realidade e às circunstâncias, uma percentagem de 60% para a situação de ativo (mais jovem) e de 40% para a reserva e reforma (mais velha); um equilíbrio de género entre mulheres e homens; um equilíbrio ainda entre categorias (oficiais, sargentos e praças), atenta às realidades gostaríamos de atingir (40/40/20).
Em concreto nos oficiais pretendemos atingir 5% nos oficiais generais; 50% em oficias superiores e 45% em oficiais subalternos.
Partindo de um Secretário Coordenador, quadro Secretários Adjuntos, que foi a equipa iniciadora, iremos, com os membros que forem aderindo, e o aceitarem, preencher o “quadro” desenhado.
Para “regulação” termos um Conselho de Deontologia e de Ética com cinco elementos (um coordenador e os restantes representativos dos ramos das Forças Armadas e da GNR) e que em conjunto, com o Secretariado, constituirão um Conselho Geral do Movimento.
Somos, portanto, um Movimento inorgânico que pretende evoluir para orgânico.
Antevemos um Movimento com eleitos entre os membros, mas com um núcleo resiliente de fundadores.
Churchill resumiu, com saber, que a Democracia é o melhor dos sistemas entre os que existem, mas que é débil e muito caro.
Como iremos desenvolver a nossa ação?
Assentes e assimilados os princípios e objetivos traduzidos num Código de Conduta (CC) já divulgado, proporemos os temas de Análise e Discussão.
Procuraremos, com base nas intervenções, construir uma Posição do Movimento.
Os intervenientes para além do rigoroso e escrupuloso cumprimento do CC terão que fazer demonstração do que defendem com base nos valores, princípios e convicções, mas também com provas do seu conhecimento, experiência e documentos.
Somos, decisivamente contra o “achismo”.
Somos contra as opiniões não fundamentadas.
Somos contra as opiniões classistas, de casta ou de grupo.
Somos contra uma imposição de verdades históricas, desligados das realidade e circunstâncias que vivemos.
Somos a favor da objetividade, do rigor e da análise fundamentada.
Procuraremos na Liberdade construir a Verdade, a que temos direito, cumprindo a responsabilidade de sermos melhores e deixar na história o que se passou e não o que cada um pretende construir, de acordo com o que mais lhe interessa.
Para mentira, usurpação da verdade, ficção e maledicência orientada já nos bastam os “comentadores profissionais”, que por aí proliferam como tubérculos, ao sabor e serviço sabe-se lá do quê? E de quem?
Não nos vencerão pelo cansaço, pelo desânimo e pela ausência.
Estaremos presentes.
Contamos com todos aqueles que, amando o seu país, respeitando as Instituições essenciais do Estado, não deixam cair os braços e não entregam nas mãos dos profissionais da política o destino de um Nação secular.
Sem patriotismo balofo e desprovido de sentido, com uma procura permanente da lucidez e do rigor não desistiremos de lutar por Portugal em nome da Verdade.
Lançamos já o tema “A condição Militar” cujo diploma urge rever e ajustar.
Passo a anunciar que o seguinte será – Polícia Judiciária Militar (PJM), sim ou não?
Deverá seguir-se o interessante tema: Vencimentos, subsídios e suplementos da Carreira Militar.
Temos a ambição de propor, analisar, discutir e apresentar conclusões sobre cerca de sessenta temas e assuntos no âmbito da Defesa e Segurança Nacional nos Sistema de Defesa Militar, Segurança Interna, Informações da República, Proteção Civil e Emergência, e, Investigação Criminal.
Assim a esperança vença.
Major-General Reformado