Ministro da Economia não imagina que Portugal tenha de implementar grandes medidas para travar pandemia

Ministro da Economia não imagina que Portugal tenha de implementar grandes medidas para travar pandemia


“Não me parece que estejamos em cenários radicais que até alguns outros países europeus com mais baixas taxas de vacinação estão a encarar”, apontou Siza Vieira. 


O ministro da Economia acredita que não será preciso fechar novamente o país devido à pandemia nem imagina que "cenários radicais" possam vir a ser necessários, como está a acontecer noutros países onde os números de casos diários de covid-19 estão a crescer. Contudo, caso seja necessário instaurar novo confinamento, o Governo "adotará as medidas". 

"Não vale a pena antecipar cenários", começou por dizer Pedro Siza Vieira, esta terça-feira, após a reunião com a Concertação Social, em Lisboa, quando questionado sobre a evolução da pandemia e possíveis medidas de contenção. 

De acordo com o governante, "do ponto de vista de saúde pública", Portugal está "numa situação bastante diferente" em relação ao ano passado, visto que a "elevada taxa de vacinação" está a proteger a população portuguesa quanto a "uma maior incidência grave da doença" e ao número de óbitos.

"Portanto, não me parece que estejamos em cenários radicais que até alguns outros países europeus com mais baixas taxas de vacinação estão a encarar", apontou Siza Vieira, salientando que no final da semana vai haver uma reunião do Governo com o Infarmed e que o país deve ter em conta os tempos que se avizinham: "época de temperaturas baixas, propícia a convívios alargados em ambientes fechados" e um provável "aumento do número de contágios".

Esta constatação também foi realçada hoje pelo primeiro-ministro, que apontou o inverno como motivo para marcar reunião com os peritos para uma nova avaliação e saber que medidas devem ser tomadas. 

"Vamos ouvir as recomendações dos peritos, não estou convencido de que se esteja a contemplar nada como novos confinamentos, mas em função das recomendações, o Governo adotará as medidas", afirmou Siza Vieira, reforçando que se houver necessidade de adotar novas medidas para as empresas e trabalhadores, convocará uma "reunião de emergência" da Concertação Social.

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