Eutanásia, mas assim de fininho…


O que ontem se passou na Assembleia da República foi apenas mais um acto político de má fé, igual a tantos outros que ilustram o paradigma comportamental que a esquerda e extrema-esquerda instauraram no parlamento nos últimos seis anos. 


Que a Assembleia da República se tem vindo a deteriorar desde que a esquerda e a extrema-esquerda criaram a já defunta “geringonça”, ninguém duvida. Que a qualidade da maioria dos deputados que se sentam no parlamento é absolutamente medíocre, ninguém questiona. Mas pior que tudo isto é a postura completamente negligente, e digo negligente porque não quero admitir que seja dolosa, como são discutidas determinadas matérias.

Ontem foi mais um dia em que se repetiu de forma gritante o desrespeito que a esquerda e a extrema-esquerda têm pelo país e pelos portugueses, apenas e tão só porque uma matéria tão importante e fracturante como a legalização da morte medicamente assistida não pode de maneira alguma ser discutida no contexto político em que nos encontramos.

Aliás, em meu entendimento, esta é uma matéria que nunca foi seriamente discutida em Portugal. Sempre que se fala nela, fala-se de tudo menos das questões que realmente interessam. Mas que diabo, marca-se a discussão de um assunto como este, de uma semana para a outra, um dia após o chumbo do Orçamento de Estado que, como é sabido, conduzirá à dissolução da Assembleia da República?

Aliás, pese embora o diploma ter sido aprovado, em fevereiro passado, já se esqueceram que em março, o Tribunal Constitucional acabou por considerá-lo inconstitucional por necessitar de “densificação de conceitos”. Alguém minimamente inteligente, mesmo sendo sabido que a esquerda e extrema-esquerda se caracterizam mais pela burrice, pode achar que essa densificação se encontra devidamente sedimentada?

Tenham vergonha na cara. É demasiado miserável.

Que não venha agora Isabel Moreira, um dos rostos senão mesmo o rosto principal deste diploma, dizer que não houve qualquer tentativa de discutir esta matéria à pressa, que não há qualquer secretismo em torno deste debate e que nada obsta a que o mesmo se realize, pese embora todas as condicionantes acima consideradas.

O que ontem se passou na Assembleia da República foi apenas mais um acto político de má fé, igual a tantos outros que ilustram o paradigma comportamental que a esquerda e extrema-esquerda instauraram no parlamento nos últimos seis anos. É o vale tudo. Já não se respeita nada, já não se respeita ninguém. Tudo é possível aos olhos destes pseudomoralistas de esquerda que não passam na sua maior parte de ressabiados com a vida. Com a sua, com a dos outros, com a incapacidade de cuidarem da sua e a tentativa de quererem destruir a dos outros.

É quase caricato que um diploma que pretende tornar legal, matar alguém, seja ele próprio discutido e votado por um parlamento que se encontra também já morto. Tudo isto porque há um conjunto de deputados também ele moribundos, que para lá de auferirem um belo vencimento e viverem que nem lordes, pouco ou nada fazem durante os seus mandatos, ou então, quando fazem, fazem tudo menos o que deveriam fazer.

A forma como a eutanásia foi ontem discutida é o espelho de um país que sendo na sua maioria representado por incompetentes e gente sem valores morais, necessita nas próximas eleições de os mandar a todos às urtigas para que ainda possa haver esperança no futuro!

Presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do Chega
Escreve à sexta-feira