Tal como o Chega, PEV e CDS-PP, Jerónimo de Sousa, líder do PCP, também quer que as eleições legislativas sejam no dia 16 de janeiro, sublinhando, no entanto, que o chumbo do Orçamento do Estado não implicava a convocação de eleições, sendo esta decisão inteiramente do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Temos como referência que as eleições não deveriam passar do 16 de janeiro. Tendo em conta as implicações que têm na quadra natalícia e no Ano Novo e de permitir a campanha eleitoral, foi esta a sugestão que fizemos ao senhor Presidente da República", indicou Jerónimo de Sousa, que fez questão de deixar claro que a "votação do Orçamento do Estado" não "obrigava o Presidente da República a convocar eleições, decidiu fazê-lo, é responsável por isso".
Quanto à possibilidade de fazer um novo acordo com o PS após as legislativas, o líder do PCP voltou a assinalar que "o objetivo não declarado do PS é alcançar a maioria absoluta para ficar com as mãos livres para o fazer o que muito bem entender”, no entanto admitiu que existem matérias "em que se justifica a convergência incluindo com o PS”.
Jerónimo de Sousa acredita que a CDU "pode afirmar-se nestas eleições tendo em conta o que transporta de propostas de confiança”. Questionado sobre se o PCP irá escolher um novo líder para estes eleições, Jerónimo respondeu com bom humor: “Se a saúde não me faltar cá continuarei para mais uma dessas batalhas”.
{relacionados}