Campanha de vacinação da gripe deverá ficar concluída até 15 de dezembro, diz Gouveia e Melo

Campanha de vacinação da gripe deverá ficar concluída até 15 de dezembro, diz Gouveia e Melo


No dia em que o vice-almirante encerra a sua missão como coordenador da campanha de vacinação contra a covid-19, Gouveia e Melo indica que o SNS tem a capacidade de administrar 400 mil vacinas da gripe por semana.


A campanha de vacinação da gripe deverá ficar concluída até ao dia 15 de dezembro, avançou o coordenador da task-force da vacinação contra a covid-19, esta terça-feira, realçando a capacidade de administrar 400 mil vacinas por semana.

"Estamos preparados para fazer 400 mil vacinas por semana e para terminar o processo até 15 de dezembro", confirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, na reunião na sede da task-force, em Oeiras, que contou com as presenças do primeiro-ministro, da ministra da Saúde e do ministro da Defesa.

A vacinação contra a gripe começou esta segunda-feira – mais cedo do que o habitual devido à covid-19 – e arrancou nos lares de idosos.

Segundo a nota disponível no site da Direção-Geral da Saúde, o Sistema Nacional de Saúde (SNS) tem, por agora, à sua disposição 2,24 milhões de vacinas “para serem distribuídas a grupos prioritários” gratuitamente.

Henrique Gouveia e Melo não irá acompanhar este processo de perto, tal como fez com a vacinação contra a covid-19. O vice-almirante confirmou hoje o fim da missão como coordenador da campanha de vacinação e irá transitar para um núcleo de coordenação.

O "desafio é conjugar duas agendas: a vacinação da gripe e a eventual terceira dose da vacinação covid-19", explicou Gouveia e Melo, ao afirmar que o processo "vai depender muito" dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), onde estão concentrados os agendamentos das vacinas.

"O processo correu muito bem para a covid e estamos a tentar replicar para a gripe", assinalou o vice-almirante. Para esta época gripal, Portugal irá receber mais 146 mil doses em comparação com a época passada, o que representa um aumento de 7%, indicou a DGS na nota.

A eventual sobreposição da vacinação da gripe com a possível administração de uma terceira dose contra a covid-19 não será, segundo Gouveia e Melo, um problema a nível logístico, visto que há um grande número de vacinas disponíveis e os atuais centros de vacinação irão continuar durante esta fase de transição.

"Temos em 'stock' cerca de dois milhões de vacinas. Não haverá qualquer problema para a terceira dose, seja ele qual for o âmbito", disse Henrique Gouveia e Melo.

De acordo com a DGS, a primeira fase da vacinação contra a gripe é gratuita e destina-se a residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados integrados e profissionais do SNS e também as grávidas.

Já na segunda fase, também gratuita, serão vacinadas pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, pessoas portadoras de doenças crónicas ou imunodeprimidos, com seis ou mais meses de idade.  

Também é “fortemente recomendada” a inoculação desta vacina a prestadores de cuidados de saúde e a pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos, frisa a DGS.

A convocatória para vacinação das pessoas abrangidas pela vacinação gratuita pode ser enviada pelo SNS por SMS automático, telefonema ou carta.

Caso não esteja abrangido pela vacinação gratuita, a DGS afirma que “a vacina contra a gripe é dispensada nas farmácias comunitárias através de prescrição médica, com comparticipação de 37%”.

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