A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou, esta quarta-feira, o homicídio “hediondo” do jovem de 20 anos, funcionário de uma bomba de gasolina, por um cliente que se recusou a utilizar máscara de proteção individual contra a covid-19.
“O governo alemão condena fortemente este homicídio seletivo”, afirmou Ulrike Demmer, porta-voz de Merkel, em declarações aos jornalistas. “Lamentamos a morte deste jovem que foi cruelmente morto a tiro”.
O caso, que está a chocar a Alemanha, ocorreu no passado sábado em Idar-Oberstein, na parte ocidental do país. A vítima, um jovem estudante, foi assassinada por um cliente após se recusar a atendê-lo por não estar a utilizar máscara de proteção facial.
O cliente terá acatado as ordens, tendo deixado as cervejas que pretendia comprar e saído da loja. No entanto, voltou pouco tempo depois e disparou contra o jovem, que segundo as autoridades, teve morte imediata.
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O ataque foi festejado nas redes sociais pelo grupo extremista ‘Pensadores Livres (Querdenker)’, que se tem mostrado radicalmente contra as medidas de combate à covid-19 na Alemanha. "O facto por si só já é insuportável", mas além disso foi utilizado nas redes sociais como forma de "tentar dividir a nossa sociedade, para incitar o ódio e a difamação, apelando à violência", disse Demmer.
O Ministério do Interior do país acredita que o homicídio terá sido “um caso isolado” e revela que os movimentos extremistas contra as restrições têm perdido força.
Já o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, sublinhou que é necessário "dizer 'não' de forma clara e decidida a qualquer forma de extremismo ligado à pandemia".