Marcelo e os insultos a Ferro Rodrigues: “Aquilo que pertence à justiça, pertence à justiça”

Marcelo e os insultos a Ferro Rodrigues: “Aquilo que pertence à justiça, pertence à justiça”


Presidente preferiu não comentar o caso mas deixou alguns ‘recados’.


Marcelo Rebelo de Sousa relativizou, esta terça-feira, o caso que envolve o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que foi alvo de insultos por parte de negacionistas. O Presidente da República aproveitou o momento para sublinhar que “a maioria esmagadora” dos portugueses já se vacinou contra a covid-19 e considerou que “hiperbolizar” é uma forma de “fazer o jogo das minorias”.

“Aquilo que pertence à justiça, pertence à justiça, portanto não vou comentar”, começou por dizer o chefe de Estado, depois de ser questionado sobre o assunto pelos jornalistas, em Roma, onde amanhã irá participar numa reunião do Grupo de Arraiolos.

“Tenho para mim que é bom que fique claro que há uma maioria esmagadora com uma orientação e o facto de, por vezes, se hiperbolizar aquilo que existe em democracia, mas que são minorias, é uma forma de fazer o jogo das minorias”, acrescentou Marcelo.

Para o Presidente, a melhor resposta “é dizer: há quem defende isso, [mas] olhem para os jovens e vejam os 85% que se vacinaram, que estão a ser vacinados ou que vão ser vacinados”.

“Essa é a grande resposta em democracia e da sociedade civil perante aquelas posições mais radicais ou minoritárias, mas não correspondem ao sentir da maioria dos portugueses”, reiterou.

“A grande maioria do povo português é bastante clara quanto se tratou de vacinar e ainda agora os mais jovens, […] em que uma percentagem esmagadora aderiu livremente à vacinação”, sublinhou.

Recorde-se que o Ministério Público está a investigar os insultos a Ferro Rodrigues. Recorde-se que, este sábado, 11 de setembro, um grupo de negacionistas reuniu-se, sob o mote “Pelas nossas crianças – Rumo à Liberdade”, junto à Assembleia da República, tendo cercado um restaurante onde o presidente da Assembleia da República almoçava com a mulher.

O protesto foi promovido nas redes sociais e difundido em páginas ligadas a movimentos contra a vacinação da covid-19 e de apoio ao juiz Rui Fonseca e Castro.