Mais 20 cidadãos afegãos vão chegar, estar terça-feira, a Portugal, juntando-se assim aos 66 refugiados que já estão no território nacional, confirmou a ministra da Presidência.
"Nós recebemos até agora 66 pessoas e hoje chegará um grupo próximo de 20 pessoas. E, portanto, ficaremos já com um número significativo", apontou Mariana Vieira da Silva.
Os refugiados que estão em Portugal, e que, segundo a ministra, "vinham cansados" dos últimos "dias difícieis" que viveram no Afeganistão, estão concentrados em dois centros, mas irão seguir para "soluções de acolhimento mais estáveis".
"Nós temos, neste momento, uma situação de emergência, é preciso aguardar que as pessoas cheguem para que possamos completar os seus perfis. Elas estão, neste momento, em dois centros de forma mais centralizada, para depois seguirem para soluções de acolhimento mais estáveis. É esse o trabalho que está a ser feito", detalhou Mariana Vieira da Silva.
A saída dos centros de acolhimento está dependente das entrevistas e da “avaliação de situação” conforme as respostas que vão sendo encontradas pelo país.
Já muitas câmaras municipais, instituições do setor social e famílias disponibilizaram-se "não apenas a acolher, mas também a contribuir para que o acolhimento seja mais bem sucedido”, salientou a ministra, considerando isto como “um excelente sinal que o nosso país dá neste momento difícil”.
Mariana Vieira da Silva disse que Portugal tem as “condições para rapidamente iniciar este processo”, contudo “não significa que ele seja feito ao mesmo tempo para todas as pessoas”. “O importante é criarmos boas condições de acolhimento e de integração e é nisso que estamos a trabalhar", assegurou.
Segundo a ministra, Portugal poderá receber mais cidadãos afegãos que trabalharam, quer nos programas da União da União Europeia, quer da NATO, e também através de organizações que estão no território e dos parceiros internacionais.
A governante revelou que Portugal tem a “capacidade de acolher mais de 400 pessoas”. No entanto, “o ponto mais difícil, neste momento” é o que se passa no Afeganistão, o que pode contribuir para “mais limitações”.
De acordo com os últimos dados, cerca de 114.000 pessoas foram retiradas de Cabul, desde a tomada da cidade pelos talibãs, em cerca de 2.900 em voos militares ou da coligação internacional.