O empregado de um restaurante em Madison, em Wisconsin, nos Estados Unidos, foi surpreendido pela boa-vontade de vários estranhos, que lhe doaram um total de 4.500 dólares, cerca de 3.800 euros, depois de este ser discriminado por um casal devido à sua orientação sexual.
Segundo a imprensa norte-americana, o casal homofóbico foi atendido pelo empregado em questão mas recusou deixar gorjeta e explicou o porquê numa nota escrita na fatura. “O serviço foi bom, mas nós não damos gorjetas a pecadores homossexuais”, escreveram.
Eric Salzwedel, cofundador da ‘Do Good Wisconsin’, uma associação local sem fins lucrativos, teve conhecimento da situação e decidiu partilhar o sucedido nas redes sociais, ao divulgar imagens do recibo.
“Isto chegou à minha mesa esta manhã e chateia-me muito! Isto aconteceu aqui, em Madison, num restaurante local”, denunciou, prometendo ao empregado ir ao restaurante e mostrar-lhe que a comunidade de Madison e outras o “amam” ao dar-lhe “a maior gorjeta” que alguma vez recebeu.
Salzwedel pediu então aos seguidores que fizessem doações, garantindo que todo o dinheiro seria para o empregado, que não quis ser identificado devido à sua orientação sexual.
“Sabemos, infelizmente, que este dinheiro não mudará o comportamento de algumas pessoas, mas esperamos que mostre a quantidade de amor que existe por este empregado!”, escreveu.
O apelo chegou ao coração dos internautas que acabaram por doar mais de quatro mil dólares para o trabalhador.
O prometido é devido e o homem dirigiu-se ao restaurante, pediu para ser atendido pelo empregado discriminado e, no fim, pagou a conta e deixou a gorjeta. Para mostrar que as doações tinham chegado ao destinatário, Salzwedel tirou uma fotografia à fatura e divulgou-a.
“Para as pessoas que sentiram que era necessário escrever aquela nota odiosa e não dar gorjeta … não se preocupem, cerca de 250 outras pessoas darão a gorjeta por vocês”, disse.