O Governo vai alargar a medida Emprego Interior MAIS – Mobilidade Apoiada para um Interior Sustentável às pessoas residentes em países estrangeiros que decidam mudar-se para o interior de Portugal para trabalhar.
Em comunicado, este sábado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social recorda que ao abrigo desta medida “é atribuído um apoio financeiro direto de até 4.827 euros a quem se muda do litoral para o interior de Portugal para trabalhar” e, no caso dos cidadãos residentes em países estrangeiros, “a mudança passará a poder ser feita diretamente do exterior para estes territórios do interior”.
Segundo a mesma nota, desde agosto de 2020, data em que o programa ficou disponível, o Governo já recebeu 560 candidaturas, “que correspondem a 980 pessoas (incluindo os elementos do agregado familiar dos candidatos)”.
A tutela liderada por Ana Mendes Godinho revela que a maior parte das candidaturas recebidas está associada a processos de mobilidade oriundos dos distritos de Lisboa (38%), Porto (17%) e Setúbal (11%) para os distritos de Castelo Branco (20%), Évora (9%), Guarda (9%), Bragança (8%) e Portalegre (8%).
“Mais de dois terços (68%) dos candidatos à medida mudaram-se para o interior para trabalhar por conta de outrem, 26% criaram o seu próprio emprego e 6% criaram empresas”, indica.
Os distritos de destino com maior proporção de candidatos que criaram o próprio emprego são Braga (43%), Bragança (37%), Vila Real (32%) e Viseu (32%). Por outro lado, os distritos de destino com maior criação de empresas são Aveiro (33%), Setúbal (19%) e Faro (15%) e Viana do Castelo (13%).
Segundo o Ministério, a maioria dos candidatos com processos aprovados tem menos de 34 anos (52%) e, no total, 63% dos candidatos com processo de mobilidade para o interior têm o ensino superior.
“No total, o apoio pode ascender a 4.827 euros – o apoio financeiro direto a conceder a quem se mudar para o interior é de 2.633 euros, a que acresce uma majoração de 20% por cada elemento do agregado familiar (até ao limite de 1.316 euros). É ainda comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros”, lembra o Governo.
Para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social “é fundamental criar condições para fixar jovens no interior”. “Com este alargamento damos um importante passo para o posicionamento internacional de Portugal como um destino a partir do qual se pode trabalhar para qualquer ponto do mundo”, indica Ana Mendes Godinho.
Já a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, assinala que "a pandemia mostrou a muitos cidadãos e empresas que, trabalhando a partir do Interior, se consegue maior qualidade de vida e uma mais fácil conjugação entre vida familiar e vida profissional. Alargar estes apoios a cidadãos estrangeiros é mais uma forma de contribuir para a atratividade e competitividade destes territórios”.
Sublinhe-se que a medida Emprego Interior MAIS integra o programa Trabalhar no Interior” dinamizado por várias áreas governativas e coordenado pela área da Coesão Territorial. Esta medida tem financiamento assegurado por fundos europeus.