Ouviste, mundo?


Vivemos num Estado de insanidade propagandística em que vale tudo para segurar o poder pelo impulso orgásticos do dia, de cada dia e de todos os dias.


O país acordou subitamente com o anúncio de um crescimento do PIB de 15,5%. Era bom que tal correspondesse à evidência de uma economia exportadora, próspera, competitiva, liderante.

Mas desde logo a coisa começa a perder impacte na comparação homóloga: a Espanha (19,8%), a França (18,7%) e a Itália (17,3%) teriam estado bem melhor que Portugal. E logo a Espanha a superar-nos aqui mesmo ao lado.

Deste modo, sem o devido enquadramento e carregado de tentativa de manipulação propagandística, se ainda fosse Maio e até pareceria obra de Fátima; em Julho, só pode ser providência de algum transcendente incógnito no aproveitamento das estatísticas do Eurostat, para cenas de promoção interna, no reencontro com a realidade pós-pandémica.

Lançados sem cautela, estes dados parecem ignorar a base comparativa do ano passado com uma queda histórica do PIB de 16,4% em termos homólogos e 14% em cadeia, face à gradual retoma da normalidade sanitária e com os cidadãos de volta ao consumo, que, obviamente, haveria de produzir algum retorno compatível…

Destas manigâncias anunciadoras se faz afinal este regime, com laivos do que se lia, nos anos sessenta, sobre as “fantásticas conquistas” da campanha do trigo na URSS ou da cana de açúcar do revolucionário cubano. Haverá aqui dedinho para agradar à extrema-esquerda tão sintonizada com estes processos.

O que impressiona é a gargalhada que os 15,5% devem merecer, se, apresentados fora do contexto, não ecoarem pelos corredores do poder, franquearem as portas da rua e provocarem um sufoco risota, tal o despudor. Há um detalhe neste embuste declaratório que a responsabilidade ao nível do Estado não deveria permitir.

É que tudo isto significa que vivemos num Estado de insanidade propagandística em que vale tudo para segurar o poder pelo impulso orgásticos do dia, de cada dia e de todos os dias.

Isto não passa de espuma dos dias a que alguns OCS prolongam a volatilidade, quando se limitam a reproduzir o que diz o poder, quais “pavlovs” avençados, amansados e amancebados. E assim os “15,5% do PIB” mai-lo cheque de Bruxelas do PRR, seriam finalmente o “leite e o mel” abundantes de que fala a bíblica escrita e que aqui serviriam para a escolha de um momento certo para eleições antecipadas…

Ora a pergunta a fazer é se estes números, a contrário, vão originar a redução de impostos, nalguns casos extorsões fiscais, como alguns chamam, face à aplicação de taxas altíssimas ao rendimento do trabalho ou ao consumo dos combustíveis, como exemplo.

Quem vem anunciar os 15,5% do PIB e anda por aí a distribuir cheques do PRR, valeria por uma missa se se lembrasse de que uma economia é por aqui que começa a ser avaliada sobre a sua saúde e substância. E o governo não faria mais que a sua obrigação, se tivesse aproveitado o entorno económico global favorável desde 2015.

A queda dos preços do petróleo, o pacote financeiro de ajudas da União Europeia, uma maioria de esquerda para governar, o Presidente da República quase como mais um ministro de Estado sintonizado acriticamente com este governo, bastavam para hoje o país se encontrar muito melhor.

Este acervo para nada serviu. Frouxo crescimento económico, redução do investimento, dívida maior, ausência de reformas, carga fiscal em valores jamais vistos. É por isso que o que aí vem não se compadece com anúncios e governos destroçados.

O tsunami está em gestação e falta atingir a velocidade de cruzeiro. E este governo em funções, cansado, a marinar em fórmulas de prestidigitação, incapaz de reformas inadiáveis, será também incapaz de resposta no confronto com a nova realidade pós-pandémica.

15,5% de crescimento do PIB português, ouviste, mundo?

Ouviste, mundo?


Vivemos num Estado de insanidade propagandística em que vale tudo para segurar o poder pelo impulso orgásticos do dia, de cada dia e de todos os dias.


O país acordou subitamente com o anúncio de um crescimento do PIB de 15,5%. Era bom que tal correspondesse à evidência de uma economia exportadora, próspera, competitiva, liderante.

Mas desde logo a coisa começa a perder impacte na comparação homóloga: a Espanha (19,8%), a França (18,7%) e a Itália (17,3%) teriam estado bem melhor que Portugal. E logo a Espanha a superar-nos aqui mesmo ao lado.

Deste modo, sem o devido enquadramento e carregado de tentativa de manipulação propagandística, se ainda fosse Maio e até pareceria obra de Fátima; em Julho, só pode ser providência de algum transcendente incógnito no aproveitamento das estatísticas do Eurostat, para cenas de promoção interna, no reencontro com a realidade pós-pandémica.

Lançados sem cautela, estes dados parecem ignorar a base comparativa do ano passado com uma queda histórica do PIB de 16,4% em termos homólogos e 14% em cadeia, face à gradual retoma da normalidade sanitária e com os cidadãos de volta ao consumo, que, obviamente, haveria de produzir algum retorno compatível…

Destas manigâncias anunciadoras se faz afinal este regime, com laivos do que se lia, nos anos sessenta, sobre as “fantásticas conquistas” da campanha do trigo na URSS ou da cana de açúcar do revolucionário cubano. Haverá aqui dedinho para agradar à extrema-esquerda tão sintonizada com estes processos.

O que impressiona é a gargalhada que os 15,5% devem merecer, se, apresentados fora do contexto, não ecoarem pelos corredores do poder, franquearem as portas da rua e provocarem um sufoco risota, tal o despudor. Há um detalhe neste embuste declaratório que a responsabilidade ao nível do Estado não deveria permitir.

É que tudo isto significa que vivemos num Estado de insanidade propagandística em que vale tudo para segurar o poder pelo impulso orgásticos do dia, de cada dia e de todos os dias.

Isto não passa de espuma dos dias a que alguns OCS prolongam a volatilidade, quando se limitam a reproduzir o que diz o poder, quais “pavlovs” avençados, amansados e amancebados. E assim os “15,5% do PIB” mai-lo cheque de Bruxelas do PRR, seriam finalmente o “leite e o mel” abundantes de que fala a bíblica escrita e que aqui serviriam para a escolha de um momento certo para eleições antecipadas…

Ora a pergunta a fazer é se estes números, a contrário, vão originar a redução de impostos, nalguns casos extorsões fiscais, como alguns chamam, face à aplicação de taxas altíssimas ao rendimento do trabalho ou ao consumo dos combustíveis, como exemplo.

Quem vem anunciar os 15,5% do PIB e anda por aí a distribuir cheques do PRR, valeria por uma missa se se lembrasse de que uma economia é por aqui que começa a ser avaliada sobre a sua saúde e substância. E o governo não faria mais que a sua obrigação, se tivesse aproveitado o entorno económico global favorável desde 2015.

A queda dos preços do petróleo, o pacote financeiro de ajudas da União Europeia, uma maioria de esquerda para governar, o Presidente da República quase como mais um ministro de Estado sintonizado acriticamente com este governo, bastavam para hoje o país se encontrar muito melhor.

Este acervo para nada serviu. Frouxo crescimento económico, redução do investimento, dívida maior, ausência de reformas, carga fiscal em valores jamais vistos. É por isso que o que aí vem não se compadece com anúncios e governos destroçados.

O tsunami está em gestação e falta atingir a velocidade de cruzeiro. E este governo em funções, cansado, a marinar em fórmulas de prestidigitação, incapaz de reformas inadiáveis, será também incapaz de resposta no confronto com a nova realidade pós-pandémica.

15,5% de crescimento do PIB português, ouviste, mundo?