Perto de 20 pessoas, entre militares e civis, foram feridas em manifestações na cidade de Tripoli, no Líbano, segundo dados hoje divulgados pelo exército e por uma organização de ajuda humanitária.
No sábado, dezenas de manifestantes protestaram em Tripoli, após uma nova desvalorização da moeda nacional, que agravou a crise económica que atinge Líbano desde 2019.
À desvalorização da moeda somam-se os cortes de energia e a escassez de produtos básicos, como medicamentos, suplementos médicos e combustíveis.
Alguns manifestantes tentaram invadir edifícios públicos, como o Banco Central, mas, após a intervenção do exército, foi possível controlar a situação já hoje de manhã, conforme adiantou a agência de notícias ANI.
Os manifestantes, alguns deles em motociclos, lançaram dispositivos de atordoamento e pedras contra os soldados, ferindo dez.
Os grupos de manifestantes cortaram, nos últimos dias, várias estradas em todo o país.
A disputa política entre o Presidente Michel Aoun e o primeiro-ministro designado Saad Hariri atrasou a formação do Governo.
Por sua vez, as negociações com o Fundo Monetário Internacional sobre a crise económica estão suspensas desde 2020.
O Banco Mundial estimou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Líbano deve contrair 9,5% este ano, após quedas de 20,3% em 2020 e 6,7% em 2019.
Nos últimos dois anos, dezenas de milhares de pessoas ficaram desempregadas no Líbano.