PSD/Porto diz que António Oliveira para Gaia foi “erro de casting” e que desistência é encarada com “algum alívio”

PSD/Porto diz que António Oliveira para Gaia foi “erro de casting” e que desistência é encarada com “algum alívio”


Alberto Machado rejeitou ainda que as “tensões” estivessem relacionadas com exigências internas.


Alberto Machado, presidente da distrital do PSD do Porto, considerou, esta segunda-feira, que a escolha de António de Oliveira para concorrer à presidência da Câmara de Vila Nova de Gaia foi “um erro de casting”.

“Esta escolha acabou por ser um erro de 'casting'. O PSD provou que está absolutamente aberto a envolver na política, em prol do bem comum, pessoas de fora do partido, pessoas da sociedade civil, pessoas que, não tendo uma militância partidária ativa, possam contribuir para o que as estruturas possam dar. Mas efetivamente concluímos com este percurso de três meses que foi um erro”, disse Alberto Machado, em conferência de imprensa.

Recorde-se que o ex-selecionador nacional de futebol anunciou, na sexta-feira, a sua desistência da corrida às autárquicas por uma “questão de higiene” e que, ao longo de três meses, foi “sujeito a pressões, intimidações e ameaças”. Note-se que António Oliveira foi uma escolha pessoal de Rui Rio, a quem o antigo treinador não atribui culpas na desistência. Em causa estarão divergências entre o candidato e Cancela de Moura, presidente do PSD/Gaia.

Na mesma conferência de imprensa, o presidente do PSD/Porto disse ainda que é com "algum alívio" que vê esta desistência.

“Sim [e com alívio que vemos esta desistência]. Foi noticiado por vários órgãos de comunicação social que as relações não estavam fáceis. Não estavam fáceis porque não conseguíamos que o candidato comparecesse nos diferentes momentos para os quais o chamámos. Temos isso documentado (…). Portanto, de certa forma há algum alívio de que possamos começar a trabalhar”, afirmou, acusando ainda António Oliveira de adiar “sucessivamente” o alinhamento da candidatura e de adiar a sua apresentação “três vezes”.

Alberto Machado rejeitou ainda que as “tensões” estivessem relacionadas com exigências internas.

“Não pode um elefante entrar numa casa de porcelanas, partir tudo e depois à saída dizer que a culpa foi de quem o convidou a entrar. Efetivamente estes três meses foram três meses complicados porque tivemos que insistir frequentemente com António Oliveira para fazer o que está a ser feito por todo o lado e por todos os partidos, que é preparar candidaturas e projetos políticos. Temos de arrepiar caminho para ter um projeto político que se bata nestas eleições em Gaia”, disse.

Até agora foram oficializadas à Câmara de Vila Nova de Gaia, atualmente liderada pelo PSD, as candidaturas de Diana Ferreira (CDU), de Renato Soeiro (BE) e de Alcides Couto (Chega).