Resende avança no desconfinamento mas Montalegre e Odemira recuam. Dez concelhos ficam em alerta

Resende avança no desconfinamento mas Montalegre e Odemira recuam. Dez concelhos ficam em alerta


Segundo a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, Portugal está num nível de “crescimento” da pandemia, uma vez que o risco de transmissbilidade está acima de 1, o que “deve significar um sinal de alerta”. 


Após mais um Conselho de Ministros, o executivo atualizou a lista de concelhos e o plano de desconfinamento, tendo em atenção a incidência de casos por 100 mil habitantes e decidiu que os concelhos de Odemira e Montalegre vão recuar no desconfinamento, ao passarem a cumprir as regras de 19 de abril, correspondendo à 3.ª fase.

Segundo a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, estes concelhos juntam-se a Arganil e Lamego que não vão avançar no desconfinamento e mantêm-se com as regras da 3.ª fase, já anteriormente obedecida.

Já o concelho de Resende é o único do país que segue para a 4.ª e última fase do desconfinamento.

Agora, segundo informa Mariana Vieira da Silva, há dez concelhos em alerta, dos quais cinco novos e outros cinco que já pertenciam a esta vigilância: Albufeira, Castelo de Paiva, Fafe, Golegã, Lagoa, Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão, Tavira, Vila do Bispo, e Vila Nova de Paiva.

Há cinco concelhos que melhoraram a incidência de casos, são eles: Alvaiázere, Melgaço, Resende, Torres Vedras, Vale de Cambra e Vila Nova de Poiares.

“Praticamente todos os concelhos do país estão no nível de desconfinamento significativa significa que a situação é positiva, é controlada”, disse a ministra. Contudo, a governante frisa que o “facto de termos o R acima de 1 deve significar um sinal de alerta".

Mariana Vieira da Silva indica que Portugal está num nível de “crescimento” da pandemia e, por isso, "precisamos de olhar com atenção para esta evolução e para a forma como este aumento se coloca no território".

"Fomos sempre dizendo que a vantagem desta matriz de risco era que todos os portugueses pudessem acompanhar a evolução do país", assinala a ministra da Presidência, ao evidenciar que "estando com o R acima de 1 é o momento de olharmos para o aumento do risco de transmissão e tomarmos as medidas que precisamos de tomar de cautela e de reforço de testagem nos locais com valores mais elevados".

Questionada sobre o aumento de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo e a possível relação disso com os festejos dos sportinguistas pela vitória do campeonato, Mariana Vieira da Silva salienta que “na semana passada já era visível o crescimento do R” e nega comentar a ligação. “Não cabe ao Governo comentar a causa mas ver onde é significativo o aumento e responder com medidas de saúde pública”.

Para tal, a governante diz que serão tomadas medidas para a região de Lisboa e Vale do Tejo como aumentar a testagem e rastreamento de contactos para controlar e atenuar a transmissibilidade de infeções por covid-19.

Já sobre a reunião do Infarmed onde serão apresentados novos dados sobre a pandemia, incluindo dados sobre a vacinação, que irá definir o plano de desconfinamento para o próximo mês, a governante afirma que ainda “não foi encontrado calendário possível para a reunião”. A ministra garante que o executivo não irá tomar novas medidas até à reunião.

Notícia atualizada às 16h09