Um participante no assalto ao Capitólio foi detido pelo seu papel no ataque depois de ter contado num consultório de uma clínica dentária aquilo que tinha feito, sem se preocupar com quem o rodeava, noticiou o The Washington Post.
Uma semana depois do ataque, um paciente da clínica ouviu Daniel Warmus a contar a sua experiência no Capitólio. Warmus disse que fumou canábis dentro do Capitólio e que se recusou a obedecer às ordens de um agente policial para abandonar o edifício, tendo exibido ainda um vídeo do ataque de dia 6 de janeiro, indicou o órgão de comunicação norte-americano, que cita fontes judiciais.
O indivíduo que ouviu as revelações de Warmus, cuja identidade é anónima, alertou o FBI e indicou o número de telemóvel e morada do homem de 37 anos.
Após uma investigação do FBI, Daniel Warmus foi preso, esta terça-feira, em Buffalo, pela sua envolvência no ataque ao Capitólio, juntando-se a mais de 410 pessoas que também foram presas pelo assalto desde 6 de janeiro, afirmou o The Washington Post.
De acordo com a mesma fonte, Warmus foi acusado de entrada violenta e conduta inapropriada no Capitólio, entrada e permanência num espaço restrito sem autorização legal e tentativa propositada de interromper ou prejudicar o funcionamento do Congresso.
Através das imagens de videovigilância, o FBI pôde verificar a presença de Warmus no Capitólio, ao encontrar o homem de 37 anos a entrar na rotunda perto do edifício, juntando-se a vários manifestantes para tirar fotos e gravar o momento.
Segundo as autoridades e os documentos oficiais do tribunal federal, Warmus esteve 16 minutos no interior do edifício e foi agarrado por um policia pela mochila que tinha nas suas costas, na tentativa de o retirar do Capitólio.