A Groundforce alerta que o pedido de insolvência da TAP para a insolvência da empresa, com cerca de 2.400 trabalhadores, coloca em risco o pagamento dos salários de maio
“Um processo de insolvência não deixa tudo na mesma. Pelo contrário, deixa a Groundforce em total estrangulamento, como tive oportunidade de explicar aos trabalhadores na comunicação que lhes enviei no passado dia 14 de maio”, lê-se no comunicado da Groundforce, divulgado esta terça-feira.
“Com o pedido de insolvência, caem por terra todos os esforços que temos feito para salvar a empresa”, sublinha a Groundforce, acrescentando que “pode comprometer, desse modo, o pagamento dos salários de maio aos trabalhadores, até agora salvaguardado”, e que “vai dificultar a operação de venda que se encontra em curso com diversos players internacionais do setor”.
A empresa salienta ainda o facto de já ter chamado a atenção do ministro das Infraestruturas, que é ouvido no Parlamento esta terça-feira, para este ‘estrangulamento’ da empresa causado pelo pedido de insolvência.
“Na sequência do pedido de insolvência da Groundforce apresentado pela TAP, escrevi ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, procurando sensibilizá-lo para o facto de esta decisão contribuir em muito para o agravamento da situação da empresa”, explica o principal acionista no mesmo comunicado, que considera que a insolvência também não é benéfico para a companhia aérea.
“Prejudica a TAP, que, sendo simultaneamente acionista e credora, será a última entidade a receber o que lhe é devido após a insolvência”, sublinha.
Na carta enviada a Pedro Nuno Santos “na passada sexta-feira, dia 14 de maio”, o ministro foi alertado “para os efeitos dramáticos do pedido de insolvência. Ao agudizar a instabilidade, a insolvência retira à Groundforce e à TAP condições para se dar início ao processo de recuperação económica e financeira”.
Recorde-se que o ministro das Infraestruturas é ouvido, esta terça-feira, pelos deputados no Parlamento, precisamente por causa da situação na empresa de handling.