O ex-ministro do Interior de Itália, Matteo Salvini, viu, esta sexta-feira, encerrado um processo contra si por ter impedido o desembarque do navio “Gregoretti”, que tinha 131 migrantes a bordo, em julho de 2019.
Salvini foi acusado do crime de “sequestro de pessoas”, mas o tribunal da Catânia decidiu arquivar o caso.
No entanto, um tribunal de Palermo decidiu, no mês passado, continuar um processo semelhante: o impedimento do desembarque de cerca de 150 migrantes resgatados por um navio espanhol, em agosto de 2019.
O ex-ministro disse “estar feliz” e dedicou o veredicto aos filhos, “aos bons italianos e estrangeiros”, e às forças de ordem, sublinhando que o seu objetivo era “defender a dignidade e as fronteiras italianas” e que “fará o mesmo” caso volte ao governo.
O caso ocorreu entre 27 e 31 de julho de 2019, quando o então ministro do interior impediu o desembarque de mais de uma cena de migrantes num porto italiano, fazendo com que ficassem durante vários dias a bordo do navio Gregoretti, no mar Mediterrâneo.
Na altura, estava em vigor uma “política de portos fechados” que tinha como objetivo pressionar o resto dos Estados-membros da União Europeia (UE) a aceitar a realocação destas pessoas que chegavam às costas italianas, através da rota migratória do Mediterrâneo.