Bem prega Frei Tomás


Senhor primeiro-ministro, na vida, como na política, pode sempre haver muito que nos separe, podemos divergir dentro das regras da democracia, mas não podemos atentar contra a qualidade da mesma.


Na sequência da entrevista que o senhor primeiro-ministro deu, vejo-me forçado a expressar a minha mais profunda indignação pelas declarações torpes que dirigiu ao PPD/PSD, perante o silêncio de todos.

Faço-o, sobretudo, por dois motivos.

Em primeiro lugar pelo facto de, apesar das profundas divergências que tenho sobre a sua visão de uma cidade ou de um país, sou dos que lhe reconhece capacidade intelectual e cultura política.

Em segundo lugar, porque sou dos que acredita que a qualidade da nossa democracia também é afetada pela forma como os agentes políticos se respeitam, apesar das suas divergências.

Por isso, a forma como adjetivou, classificou e destratou o Partido Popular Democrático/ Partido Social Democrata, bem como a sua liderança, revela uma profunda desonestidade política e intelectual que, não reconhecendo eu tamanha ignorância no político que as proferiu, só as posso entender como uma infame tentativa de contaminar a sociedade, com a proliferação de uma política do medo, que atentam à própria narrativa que queria passar.

Quis V. Exa propalar uma visão de que o PPD/PSD estava a ser invadido por extremistas, insultando a liderança deste partido e a memória histórica do mesmo.

Chegou V. Exa a afirmar que “Os princípios não se metem na gaveta, praticam-se mesmo quando são difíceis”.

Para além de insinuações falsas e que pretendem apenas destruir a herança popular democrática do PSD, revelam uma desonestidade inaceitável.

Senhor primeiro-ministro, não foi o PPD/PSD que se coligou com a extrema-esquerda, com aqueles que tudo fizeram para atentar contra a criação de um Portugal democrático, quebrando um entendimento histórico de que forças extremistas não serviriam de apoio para garantir maiorias no parlamento para governar o país e, assim, delas ficar refém.

Foi o senhor que, em 2015, se coligou com estalinistas, marxistas e trotskistas (palmas por reunir extremos dos extremos) para assegurar uma governação, em nome da salvação de uma troika que para cá veio, porque um primeiro-ministro socialista, de quem o senhor foi ministro, conseguiu a proeza de falir Portugal. Pela terceira vez em quarenta anos o PS conseguiu falir Portugal.

Foi também o senhor que, desde 2007 (como presidente da CML), se apoiou num partido de extrema-esquerda para governar a capital do país.

Coligar-se com quem defende regimes absolutistas, como na Venezuela e em Cuba, coligar-se com quem procura branquear o extermínio de milhões nos gulags da União Soviética, coligar-se com quem apoiava uma linguagem anti-Europa como aquela que o Syriza (Grécia) exaltava, procurando o separatismo do projeto Europeu, tem sido prática política de V. Exa, não do PPD/PSD.

Coligar-se com partidos que têm como referências partidárias, agentes políticos que procuram ridicularizar um evento trágico, um genocídio que matou milhões, como foi o Holomor, é uma prática do PS, não do PPD/PSD.

Pactuar com nomeações para organismos públicos, que representam referências culturais, como é o caso do Museu do Aljube em Lisboa, de pessoas que procuram passar uma esponja histórica sobre a realidade dos próprios Gulags, é imputável ao PS e apenas ao PS.

Por isso, senhor primeiro-ministro, na vida, como na política, pode sempre haver muito que nos separe, podemos divergir dentro das regras da democracia, mas não podemos atentar contra a qualidade da mesma.

Percebo que sinta que o PPD/PSD recupera a confiança dos portugueses a cada dia da sua governação, mas na vida como na política não vale tudo e por isso devemos praticar o princípio do respeito democrático.

E como V. Exa. bem afirma, “Os princípios não se metem na gaveta, praticam-se mesmo quando são difíceis”.

Insto-o, por isso, a praticar as suas próprias palavras.

 

Presidente da concelhia do PSD/Lisboa e presidente da Junta de Freguesia da Estrela


Bem prega Frei Tomás


Senhor primeiro-ministro, na vida, como na política, pode sempre haver muito que nos separe, podemos divergir dentro das regras da democracia, mas não podemos atentar contra a qualidade da mesma.


Na sequência da entrevista que o senhor primeiro-ministro deu, vejo-me forçado a expressar a minha mais profunda indignação pelas declarações torpes que dirigiu ao PPD/PSD, perante o silêncio de todos.

Faço-o, sobretudo, por dois motivos.

Em primeiro lugar pelo facto de, apesar das profundas divergências que tenho sobre a sua visão de uma cidade ou de um país, sou dos que lhe reconhece capacidade intelectual e cultura política.

Em segundo lugar, porque sou dos que acredita que a qualidade da nossa democracia também é afetada pela forma como os agentes políticos se respeitam, apesar das suas divergências.

Por isso, a forma como adjetivou, classificou e destratou o Partido Popular Democrático/ Partido Social Democrata, bem como a sua liderança, revela uma profunda desonestidade política e intelectual que, não reconhecendo eu tamanha ignorância no político que as proferiu, só as posso entender como uma infame tentativa de contaminar a sociedade, com a proliferação de uma política do medo, que atentam à própria narrativa que queria passar.

Quis V. Exa propalar uma visão de que o PPD/PSD estava a ser invadido por extremistas, insultando a liderança deste partido e a memória histórica do mesmo.

Chegou V. Exa a afirmar que “Os princípios não se metem na gaveta, praticam-se mesmo quando são difíceis”.

Para além de insinuações falsas e que pretendem apenas destruir a herança popular democrática do PSD, revelam uma desonestidade inaceitável.

Senhor primeiro-ministro, não foi o PPD/PSD que se coligou com a extrema-esquerda, com aqueles que tudo fizeram para atentar contra a criação de um Portugal democrático, quebrando um entendimento histórico de que forças extremistas não serviriam de apoio para garantir maiorias no parlamento para governar o país e, assim, delas ficar refém.

Foi o senhor que, em 2015, se coligou com estalinistas, marxistas e trotskistas (palmas por reunir extremos dos extremos) para assegurar uma governação, em nome da salvação de uma troika que para cá veio, porque um primeiro-ministro socialista, de quem o senhor foi ministro, conseguiu a proeza de falir Portugal. Pela terceira vez em quarenta anos o PS conseguiu falir Portugal.

Foi também o senhor que, desde 2007 (como presidente da CML), se apoiou num partido de extrema-esquerda para governar a capital do país.

Coligar-se com quem defende regimes absolutistas, como na Venezuela e em Cuba, coligar-se com quem procura branquear o extermínio de milhões nos gulags da União Soviética, coligar-se com quem apoiava uma linguagem anti-Europa como aquela que o Syriza (Grécia) exaltava, procurando o separatismo do projeto Europeu, tem sido prática política de V. Exa, não do PPD/PSD.

Coligar-se com partidos que têm como referências partidárias, agentes políticos que procuram ridicularizar um evento trágico, um genocídio que matou milhões, como foi o Holomor, é uma prática do PS, não do PPD/PSD.

Pactuar com nomeações para organismos públicos, que representam referências culturais, como é o caso do Museu do Aljube em Lisboa, de pessoas que procuram passar uma esponja histórica sobre a realidade dos próprios Gulags, é imputável ao PS e apenas ao PS.

Por isso, senhor primeiro-ministro, na vida, como na política, pode sempre haver muito que nos separe, podemos divergir dentro das regras da democracia, mas não podemos atentar contra a qualidade da mesma.

Percebo que sinta que o PPD/PSD recupera a confiança dos portugueses a cada dia da sua governação, mas na vida como na política não vale tudo e por isso devemos praticar o princípio do respeito democrático.

E como V. Exa. bem afirma, “Os princípios não se metem na gaveta, praticam-se mesmo quando são difíceis”.

Insto-o, por isso, a praticar as suas próprias palavras.

 

Presidente da concelhia do PSD/Lisboa e presidente da Junta de Freguesia da Estrela