Isabel Díaz Ayuso venceu em Madrid, mas precisa do VOX para ter maioria absoluta

Isabel Díaz Ayuso venceu em Madrid, mas precisa do VOX para ter maioria absoluta


Contados já mais de 90% dos votos na região de Madrid, o Partido Popular é o grande vencedor da noite, mas não atinge a maioria absoluta, o que obriga a negociar com o VOX.


Está praticamente fechada a noite eleitoral na região de Madrid. Com mais de 90% dos votos contados, o Partido Popular (PP) alcançou os 65 lugares no parlamento da região, seguindo-se o Partido Socialista espanhol (PSOE), com uma dramática queda de 37 lugares, nas eleições de 2019, para 24, o que coloca os socialistas em empate com o Más Madrid, o movimento de esquerda que arrecadou também 24 lugares no parlamentos madrileno.

De resto, o VOX conseguiu mais um lugar no parlamento, totalizando 13, que lhe servirão para negociar com Isabel Díaz Ayuso, líder do PP em Madrid, a chegada à maioria absoluta no parlamento. “Demos tudo e este é o início de uma mudança de rumo”, proclamou Rocío Monasterio, candidata do VOX em Madrid, que tem agora em mãos a possibilidade de negociar o Governo regional com o PP.

Já o Unidas Podemos, liderado por Pablo Iglesias, que abandonou o Governo para concorrer nestas eleições, acabou por recolher apenas 10 lugares no parlamento regional, o que, ainda assim, representa um aumento de três lugares face aos resultados de 2019.

Já os grandes perdedores da noite foram os candidatos do Ciudadanos, partido que, em 2019, tinha arrecadado 26 lugares no parlamento, e que nestas eleições não conquistaram qualquer lugar, alcançando apenas cerca de 3% dos votos.

As eleições na região de Madrid ficaram também marcadas por um curioso detalhe: a abstenção ficou a rondar os 24%, um dos valores mais baixos de sempre na história destas eleições. Apesar das limitações impostas pela pandemia da covid-19 e pelo facto de ser um dia de semana, mais de 3,5 milhões de habitantes da região de Madrid fizeram-se ouvir nestas eleições, que deram como grande vencedora Isabel Díaz Ayuso e a direita espanhola.