Covid-19. Médicos voltam a defender vacinação de profissionais que já tiveram a doença

Covid-19. Médicos voltam a defender vacinação de profissionais que já tiveram a doença


“Não podemos aceitar que, existindo vacinas seguras, a senhora ministra opte por manter estes profissionais de saúde em risco”, criticam.


Os médicos reiteraram a necessidade de vacinar contra a covid-19 os profissionais de saúde que já tiveram a doença.

Numa nota conjunta, a Ordem dos Médicos, a Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos, defenderam a vacinação e argumentam que a evidência científica mostra que a imunidade não se perpetua no tempo.

Os médicos consideram que a Direção-Geral da Saúde (DGS) devia alterar a norma que determina as regras da campanha de vacinação contra a covid-19, uma vez que “continua a deixar desprotegido um grande número de médicos, outros profissionais de saúde e demais grupos de risco”.

“A evidência científica existente demonstra que a imunidade de quem já teve covid-19 não se perpetua no tempo, sendo importante garantir rapidamente a imunização dos grupos mais expostos e de maior risco, mesmo que já infetados previamente com a SARS-CoV-2”, lê-se.

A nota recorda que os médicos e outros profissionais de saúde “têm assumido todas as linhas da frente”, arriscando “a sua própria vida para salvar outras”.

“Não podemos aceitar que, existindo vacinas seguras, a Senhora Ministra opte por manter estes profissionais de saúde em risco, num limbo por período indeterminado. É uma postura que consideramos técnica e eticamente reprovável”, defendem.

Recorde-se que a norma da DGS determina que “enquanto a disponibilidade das vacinas for limitada, designadamente na Fase 1, a vacinação é priorizada para quem mais dela beneficia”, não devendo ser dada prioridade a quem já teve a doença e recuperou.