Reacende-se polémica em torno de Superliga europeia

Reacende-se polémica em torno de Superliga europeia


No mesmo dia em que vários meios de comunicação internacionais anunciaram que a Superliga europeia de futebol é cada vez mais uma realidade, a UEFA emitiu um comunicado a ameaçar os organizadores.


Vários jornais e meios de comunicação de todo o mundo, incluindo o norte-americano The New York Times (NYT), anunciaram, neste domingo, que os clubes mais ricos da Europa estão cada vez mais perto de acordo para formar uma Superliga europeia, deixando, assim, a UEFA de fora.

O Real Madrid e Barcelona de Espanha, Manchester United e Liverpool de Inglaterra, e Juventus e AC Milan de Itália, são alguns dos clubes avançados pelo NYT.

Na segunda-feira, a UEFA tem pleanada a oficialização do novo formato da Liga dos Campeões, pelo que este anúncio poderá ser ainda uma forma de ofuscar esta realidade, já que a maioria dos clubes envolvidos nas negociações extra-UEFA formam grande parte da liga milionária.

A UEFA lançou entretanto um comunicado através dos seus canais oficiais, advertindo os clubes envolvidos neste acordo que, "se isto acontecer, desejamos reiterar que nós – a UEFA, as Federações inglesa, espanhola e italiana, Premier League, La Liga, Serie A e também a FIFA e todas as nossas associações membro – irão permanecer unidas nos esforços para travar este projeto cínico, que é fundado no interesse próprio de alguns clubes, numa altura em que a sociedade precisa, mais do que nunca, de solidariedade".

"Iremos considerar todas as medidas disponíveis, a todos os níveis judiciais e desportivos, para impedir que isto aconteça. O futebol tem como base competições abertas e mérito desportivo. Não pode ser de outra forma. Como já foi anunciado, os clubes em causa serão banidos de disputar qualquer outra competição a nível doméstico, europeu e mundial, e os seus jogadores podem ver negada a oportunidade de representar as respetivas seleções", referiu o órgão máximo do futebol europeu, que agradece ainda aos clubes alemães e franceses por rejeitar participar nestas negociações. "Apelamos a todos os amantes do futebol, adeptos e políticos que se juntem a nós na luta contra tal projeto, a ser anunciado. O persistente interesse próprio de alguns tem durado há demasiado tempo. Basta", concluiu o organismo.