Programa de rescisões da TAP com adesão de 690 trabalhadores

Programa de rescisões da TAP com adesão de 690 trabalhadores


Contas da TAP da reestruturação de pessoal constam num comunicado interno a que o Nascer do SOL teve acesso e resultam do programa lançado para redimensionar o corpo de trabalhadores da companhia aérea, a fim de cumprir o processo de reestruturação em curso. O programa decorreu entre 11 de fevereiro e 24 de março. 


Cerca de 690 trabalhadores da TAP aderiram ao programa de adesão voluntária a medidas laborais proposto pela companhia, mais de metade a rescisões por mútuo acordo. 750 postos de trabalho foram preservados. 

Num comunicado interno do Conselho de Administração da transportadora, a que o Nascer do SOL teve acesso, a TAP informa que, embora permaneçam ainda alguns casos em análise, “teve cerca de 690 adesões ao programa voluntário de medidas laborais, sendo 70% referentes a rescisões por mútuo acordo, 14% a trabalho em tempo parcial, 8% a passagens à situação de reforma, 6% a pré-reformas e 3% a licenças sem retribuição”.

Segundo a mensagem enviada aos colaboradores esta sexta-feira, a TAP destaca que “o programa representa um redimensionamento de cerca de 630 postos de trabalho, considerando os trabalhadores em tempo parcial” e o “programa de candidaturas voluntárias à Portugália tem neste momento cerca de 45 candidaturas em análise”.

“Adicionalmente, a implementação das medidas decorrentes dos Acordos de Emergência celebrados, permitirá preservar até 750 postos de trabalho”, sublinha.

Contas feitas, o programa de Medidas Voluntárias e a implementação dos Acordos de Emergência celebrados "permite ajustar e reduzir o número inicial de redimensionamento, inscrito no Plano de Reestruturação em aprovação na Comissão Europeia, de cerca de 2.000 para um número entre 490 a 600 trabalhadores".

A companhia aérea vai agora concluir a análise dos processos voluntários em curso e “identificar, com base nos critérios já comunicados, designadamente de Produtividade/Absentismo, Experiência, Contributo, Custo e Habilitações, os trabalhadores junto dos quais se irá dar início a uma nova e última vaga de adesão” a estas medidas, bem como “reabrir uma nova e última fase de candidaturas de integração na Portugália”.

Segundo a mensagem, assinada por Miguel Frasquilho, presidente do Conselho de Administração, e por Ramiro Sequeira, presidente da Comissão Executiva, este grupo de trabalhadores, identificados de acordo com os referidos critérios, “será retirado do lay off em curso, o que será devidamente comunicado, de modo individual e personalizado, a partir do próximo dia 16 de abril”. Nessa comunicação, “ficará desde logo agendada uma reunião com a DRH e a respetiva Chefia, a fim de na mesma ser(em) apresentada(s) a cada trabalhador a(s) medida(s) que possam vir a ser adotadas”.

"A fim de garantir aos trabalhadores visados uma maior disponibilidade para acompanhar todo esse processo e, bem assim, preservar a estabilidade e segurança da operação, os mesmos beneficiarão de dispensa do dever de assiduidade, sem perda de retribuição ou direitos", esclarece a mensagem dos líderes da transportadora.

Os acordos de emergência foram celebrados com todos os Sindicatos que representam os trabalhadores da TAP e "criaram as condições para, num clima de entendimento laboral, se prosseguir o cumprimento dos objetivos do Plano de Reestruturação de ajustamento da estrutura de custos e da otimização da força de trabalho, reconfigurando o quadro de pessoal a fim de o mesmo dar resposta aos níveis de operação e receita projetados, no curto e médio prazo", sublinham.