Vacinação em massa? “Não vai haver dificuldades para contratar enfermeiros”

Vacinação em massa? “Não vai haver dificuldades para contratar enfermeiros”


Segundo a bastonária, muitos dos enfermeiros ligados à instituição mostraram-se recetivos a integrar o processo de vacinação em regime ‘pro bono’. 


A bastonária da Ordem dos Enfermeiros afirmou, esta quinta-feira, que "não vai haver dificuldades para contratar enfermeiros para a vacinação" em massa contra a covid-19. Ana Rita Cavaco indicou que pelo menos 9.366 profissionais manifestaram disponibilidade para o processo.

"Encerrámos o inquérito às 11h00 e há enfermeiros que continuam a enviar emails a dizer que já não conseguem responder ao inquérito. Foram só cinco dias e decidimos que vamos criar um outro 'link' para continuarem a dar as suas disponibilidades. Vamos ficar com eles em carteira, mas tínhamos de ter um 'deadline' para enviar [a lista], até porque tinha combinado com o secretário de Estado [da Saúde, António Lacerda Sales] e o vice-almirante [Henrique Gouveia e Melo] enviarmos agora no início de abril", afirmou Ana Rita Cavaco, em declarações à agência Lusa, frisando que estes profissionais "estão sempre disponíveis para o país”.

Segundo a bastonária, muitos dos enfermeiros ligados à instituição mostraram-se recetivos a integrar o processo de vacinação em regime 'pro bono' e o inquérito lançado na sexta-feira passada resultou na disponibilização de 8.956 enfermeiros para trabalharem fora do horário laboral e de 410 que estão em situação de desemprego.

"O secretário de Estado tinha falado numa contratação de 2.500 enfermeiros para a vacinação e aqui tem muito mais do que isso. Sabemos perfeitamente que as pessoas mais idosas vão em horários diurnos e vamos chegar a uma fase em que teremos mais jovens e estas pessoas podem vacinar-se até à meia-noite; portanto, faz todo o sentido ter enfermeiros que possam integrar as equipas em horário pós-laboral, como é o caso aqui", considerou.

Sobre as contratações, Ana Rita Cavaco disse que tem a garantia de António Sales de que “não há restrições em termos de pagamento de horas extraordinárias e em termos de contratação de enfermeiros”.