Um tribunal militar de Moscovo rejeitou hoje uma queixa do opositor preso Alexei Navalny, que acusou de "inação" os investigadores que recusaram abrir um inquérito após o seu envenenamento na Sibéria no ano passado.
Uma porta-voz do 235.º tribunal militar da guarnição de Moscovo confirmou à agência AFP que tinha sido rejeitado o pedido do principal crítico do Kremlin, que cumpre atualmente uma pena de dois anos e meio num campo prisional.
Navalny não estava presente na audiência e recusou participar por videoconferência a partir do campo prisional de Pokrov, a 100 quilómetros a leste de Moscovo, onde está detido.
O opositor acusa os investigadores russos por não terem aberto um inquérito sobre o seu envenenamento em Tomsk a 20 de agosto.
Vítima de uma substância identificada por laboratórios europeus como sendo Novitchok, um agente neurotóxico militar desenvolvido durante a época soviética, Navalny passou várias semanas em coma na Rússia e na Alemanha, de onde regressou em janeiro, tendo sido logo detido.
Navalny acusou os serviços de segurança russos, FSB, de estarem na origem do seu envenenamento, por ordem do Kremlin.