João Loureiro regressa a Portugal enquanto decorrem as investigações

João Loureiro regressa a Portugal enquanto decorrem as investigações


O ex-presidente do Boavista faz a ponte para a Europa via São Paulo, depois de ter prestado declarações às autoridades brasileiras. As investigações ao caso dos 500 quilos de cocaína encontrados num jato privado onde João Loureiro viajava continuam a cargo da Polícia Federal e da PJ.


Depois de ter sido interrogado pela Polícia Federal brasileira, João Loureiro está de regresso a Portugal. O ex-presidente do Boavista realizou o teste à covid-19 necessário para embarcar na passada terça-feira e viaja para a Europa via aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. 

Tal como o i já tinha adiantado, a Polícia Federal brasileira nunca admitiu a possibilidade de obrigar João Loureiro a permanecer no outro lado do Atlântico enquanto decorrem as investigações.

As autoridades continuam a apontar como suspeitos os três tripulantes e dois passageiros [João Loureiro e o espanhol Mansur Ben-barka Heredia] que viajavam de São Salvador da Bahia para Tires no avião Dassault Falcon 900B – propriedade da Omni (uma empresa privada de transporte aéreo sediada no Aeródromo de Cascais) -, onde, no dia 9, foram encontrados 500 quilos de cocaína. “Não estão presos, mas estão todos a ser investigados”, afirmou, na altura, ao nosso jornal Elvis Secco, coordenador-geral do departamento de Repressão a Drogas e Fações Criminosas da Polícia Federal brasileira. “Enquanto não se esclarecer o assunto da cocaína, todos são suspeitos de tráfico de droga e lavagem de dinheiro”, confirmou o delegado.

No âmbito da cooperação policial entre países, a Polícia Judiciária (PJ) portuguesa também já abriu um inquérito e está a colaborar com as congéneres brasileiras para proceder ao levantamento de possíveis antecedentes e outras situações suspeitas por parte dos envolvidos: viagens efetuadas anteriormente entre Portugal e Brasil, património que detêm nos dois países e, sobretudo, movimentos financeiros realizados recentemente. 

Por exemplo, João Loureiro tem-se deslocado àquele país com frequência, o que, segundo a investigação, não bate certo com as declarações prestadas pelo ex-dirigente desportivo e filho de Valentim Loureiro, que aos média justificou aquela deslocação ao Brasil com uma oportunidade de emprego como consultor numa empresa brasileira interessada em efetuar investimentos em Portugal – uma viagem feita no dia 27 de janeiro, precisamente no mesmo avião que carregava meia tonelada de droga.