Mais de 15 mil pessoas exigem deportação de Mamadou Ba, após comentários polémicos

Mais de 15 mil pessoas exigem deportação de Mamadou Ba, após comentários polémicos


As cerca de 15.200 pessoas que, pelas 9h30 desta quarta-feira, já assinaram a petição querem a “expulsão” do ativista “sirva de exemplo”.


Mais de 15 mil pessoas assinaram, desde domingo, uma petição pública que exige a deportação do ativista Mamadou Ba, após comentários polémicos sobre o tenente-coronel Marcelino da Mata nas redes sociais.

"Mamadou Ba, ex-acessor do Bloco de Esquerda e dirigente da Associação SOS Racismo, proferiu declarações caluniosas no Twitter contra o Militar mais condecorado da História Portuguesa, o Tenente-Coronel Marcelino da Mata, um dia depois do seu falecimento", lê-se na petição.

As cerca de 15.200 pessoas que, pelas 9h30 desta quarta-feira, já assinaram a petição querem que a "expulsão" do ativista "sirva de exemplo". "Serve a presente petição pública para que a Assembleia da República vote favoravelmente pela expulsão de Portugal de alguém que não se sente bem em Portugal nem com a nossa cultura e valores. Que esta expulsão sirva de exemplo".

De salientar que, segundo a legislação, "qualquer petição subscrita por um mínimo de 1.000 cidadãos é, obrigatoriamente, publicada no Diário da Assembleia da República e os peticionários são ouvidos em sede de comissão parlamentar e, caso haja mais de 4.000 cidadãos subscritores, a mesma tem de ser apreciada em reunião plenária da Assembleia da República".

Recorde-se que Mamadou Ba criticou o facto de o CDS-PP ter apresentado um voto de pesar pela morte "do sanguinário Marcelino da Mata", alegando que este terá declarado que nunca entregou "um turra (calão para combatente independentista africano) à PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado do regime fascista de Salazar)", antes "cortava-lhes os tomates, enfiava-lhos na boca, e ficava ali a vê-los morrer".

"Queixam-se do uso displicente do qualificativo 'fascista' e refutam a filiação ideológica ao fascismo. Mas investem na homenagem a figuras sinistras como Cónego Melo, Kaúlza de Arriaga e Marcelino da Mata. Marcelino da Mata é um criminoso de guerra que não merece respeito nenhum", disse.

No domingo, o CDS-PP acusou o ativista de "usar o ódio e preconceito para ter existência política" e exigiu a sua "saída imediata" do grupo de trabalho para a Prevenção e o Combate ao Racismo e à Discriminação. O líder centrista, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu ainda que Mamadou Ba "ofende portugueses, insulta a nossa história, denigre a nossa cultura e agora desrespeita os símbolos e figuras nacionais. 

Também o Chega fez queixa do ativista ao Ministério Público, por "ofender gravemente a memória de pessoa falecida".