Falta de gasóleo afeta distribuição de bens essenciais na Venezuela


“Há uma falha importante de gasóleo, que está a afetar a distribuição de todos os produtos, tanto os que são produzidos no país como os que são importados”, explicou o presidente de Consecomércio durante uma conferência de imprensa virtual.


A falta de gasóleo está a afetar a distribuição de alimentos, medicamentos e outras mercadorias em pelo menos quatro Estados da Venezuela (Táchira, Mérida, Zúlia e Bolívar), alertou hoje o Conselho Nacional de Comércio e Serviços (Consecomércio).

"Há uma falha importante de gasóleo, que está a afetar a distribuição de todos os produtos, tanto os que são produzidos no país como os que são importados", explicou o presidente de Consecomércio durante uma conferência de imprensa virtual.

Segundo Felipe Capozzolo, a situação, que se sente mais intensamente nas últimas semanas, tende a agravar-se, porque o gasóleo é o combustível usado pelos camiões para transportar produtos desde as indústrias e portos venezuelanos até aos estabelecimentos comerciais.

"Este grave problema afeta também os estabelecimentos comerciais que foram obrigados a instalar geradores elétricos (devido aos apagões no país), porque agora não têm combustível para fazê-los funcionar", explicou.

Apesar de a situação ser mais grave nos Estados venezuelanos de Táchira, Mérida, Zúlia e Bolívar, os comerciantes insistem que há uma falha no abastecimento "a escala nacional, que se agravou nas primeiras semanas de janeiro".

Segundo a imprensa local, a Venezuela deixou de receber gasóleo importado desde novembro do ano passado, quando a administração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ampliou as sanções contra a estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA), abrangendo o intercâmbio de petróleo por gasóleo com as empresas Reliance (Índia), Repsol (Espanha) e Eni (Itália).