Trio do topo mantém posições com vitórias na 13ª jornada

Trio do topo mantém posições com vitórias na 13ª jornada


A semana viu Sporting, Porto e Benfica jogar a 13ª jornada quase em simultâneo. Com três vitórias, mantêm-se os lugares na tabela.


Sexta-feira foi dia de jogo para os “três grandes”. O Sporting deslocou-se à Madeira para enfrentar o Nacional na quinta-feira, mas o mau tempo tornou impossível realizar a partida, e a equipa de arbitragem teve mesmo de adiar o jogo para sexta-feira. Quase um déjà vù do que acontecera dias antes, na deslocação do Benfica aos Açores para enfrentar o Santa Clara, jogo que também teve de ser adiado devido às condições climatéricas.

Cumprido o minuto de silêncio em homenagem a Alex Apolinário, jogador do FC Alverca que morreu na semana passada, a bola rolou no Estádio da Choupana, e a primeira parte manteve-se relativamente morna, com dominância dos leões, mas pouca eficácia na concretização de golos. Não seria até à marca dos 43 minutos que o Sporting conseguiria pôr-se em vantagem, num jogo fustigado pelo frio, chuva e vento. Em equipamentos lamacentos e sujos, Pedro Gonçalves fez o cruzamento e deu uma oferenda a Nuno Santos, que não hesitou e colocou o esférico dentro da baliza do Nacional da Madeira, marcando o primeiro golo da partida e pondo o Sporting em vantagem ao fim do primeiro tempo.

A segunda parte começou com Kenji Gorré, do Nacional da Madeira, a ocupar o lugar de Ruben Micael, apostando o técnico Luís Freire num jogo mais ofensivo do Nacional. A substituição pareceu fazer efeito, com Gorré a pôr em perigo a baliza do Sporting logo aos 46 minutos.

Já aos 56 minutos, Manuel Mota mostrou um cartão amarelo a Carlos Fernandes, adjunto de Rúben Amorim.
A segunda metade viu o Sporting chegar várias vezes à área do Nacional com perigo. Aos 83 minutos de jogo, Pedro Gonçalves acertou mesmo no poste da baliza de Daniel Guimarães.

Já nos últimos minutos do tempo regulamentar, os leões atingiram o segundo golo da noite, com Jovane Cabral, que entrara há pouco tempo em campo, a aumentar a vantagem do Sporting e a fechar o marcador da partida em duas bolas a zero.

BENFICA RECUPERA EM TONDELA

Uma hora depois do início da partida do Sporting com o Nacional, começava o duelo entre Benfica e Tondela. No Estádio da Luz, as águias começaram com Ferro, Taarabt e Waldschmidt no banco, tendo os últimos dois entrado para a última meia hora de jogo. Já de volta ao plantel inicial estiveram Otamendi, Pizzi e Seferovic. Mas a maior surpresa no plantel benfiquista esteve nas posições, pondo Jorge Jesus Everton do lado direito do campo, e Rafa no lado oposto.
A primeira meia hora de jogo viu o Benfica atacar várias vezes à baliza do Tondela, mas a conclusão não chegava, e o marcador manteve-se mesmo a zeros até ao intervalo. Darwin Núñez, Everton e Otamendi marcaram presença assídua na área do Tondela.

Na segunda metade, no entanto, o Benfica entrou melhor, e chegou à vantagem aos 54 minutos. Haris Seferovic deu uso ao pé esquerdo para aproveitar o cruzamento de Everton e bater Babacar Niasse. Apesar da dúvida inicial sobre a legalidade do golo, Manuel Oliveira consultou o VAR e confirmou: estava feito o um a zero para as águias.
Seguiu-se uma série de oportunidades de Darwin Núñez e Pizzi, mas o segundo golo teimava em não chegar. Jesus, para tentar chegar mesmo ao aumento da vantagem, mexeu no plantel vermelho e branco e colocou em campo Taarabt e Waldschmidt, que substituiram Everton e Haris Seferovic, respetivamente.

Os últimos dez minutos da partida viram aumentar o ritmo, com Weigl a falhar por pouco a concretização de um canto batido por Pizzi, aos 84 minutos, e Vlachodimos a evitar o golo tondelense, travando o remate de Jhon Murillo aos 85 minutos. Com esse ritmo, aquilo que se esperava aconteceu: o Benfica chegou ao segundo golo com um remate de Darwin Núñez que, assistido por Pizzi, encostou o esférico no canto superior esquerdo da baliza do Tondela. Mas o golo viria a ser anulado após consulta de Manuel Olivera ao VAR, que confirmou que o internacional uruguaio estava em posição irregular.

O jogo, no entanto, só acaba com o apito final. A equipa de arbitragem deu sete minutos de tempo extra, e o Benfica aproveitou. Waldschmidt, assistido por Darwin Núñez, bateu a baliza de Niasse, e fez o dois a zero para o Benfica.
Waldschmidt ainda obrigou Niasse a agarrar o esférico para evitar um terceiro golo, e o apito final pôs termo à partida.
O Benfica venceu assim o Tondela por duas bolas a zero e aumentou a classificação pontual para 31 pontos. Já o Tondela fica com 12 pontos.

PORTO MANTÉM SEGUNDO LUGAR

O último jogo da noite viu o FC Porto ir até Famalicão para tentar garantir o segundo lugar, que ficava na dúvida após a vitória do Benfica contra o Tondela. Na memória estava a derrota dos dragões perante o Famalicão, por duas bolas a uma, em junho de 2020, e os azuis e brancos pisaram o campo a querer emendar o resultado.

A partida demorou a começar, fruto da presença de gelo em campo, mas resolvido o problema, iniciaram-se as hostilidades. E que hostilidades. Bastaram 13 minutos para o Futebol Clube do Porto se pôr em vantagem, com Mehdi Taremi a aproveitar o cruzamento de Corona e a finalizar com o pé direito para fazer o um a zero para os dragões.
Mas a felicidade dos dragões durou pouco. Pareceu ao árbitro Rui Costa que Diogo Leite derrubou Anderson, e foi dada grande penalidade aos famalicenses. Bateu Jhonata Robert e atingiu a igualdade no marcador.

“Hostilidades” é mesmo o melhor termo para definir a primeira parte desta partida. Aos 29 minutos, Vaná Alves mergulhou e derrubou Mehdi Taremi. O árbitro estava pronto para castigar o internacional iraniano por simulação, mas a falta acabaria por ser confirmada pelo VAR, valendo um cartão amarelo para o guarda-redes do Famalicão e a grande penalidade para o FC Porto. Sérgio Oliveira disparou e bateu o guarda-redes famalicense. Estava novamente o FC Porto na liderança do jogo, aos 32 minutos.

Iniciada a segunda metade, os dragões entraram melhor, e aos 58 minutos aumentou a vantagem perante os famalicenses. O relvado escorregadio traiu Vaná, e Mehdi Taremi cabeceou para dentro da baliza do brasileiro, fazendo o bis e o três a um para os dragões. Seguiu-se um jogo com o Porto a dominar, e aos 89 minutos um erro da defesa famalicense entregou a bola a Luís Díaz, que assistiu João Mário para um potente remate. Estava feito o quinto golo da partida, e o quarto para o FC Porto, pondo o marcador no seu resultado final. O Porto bateu o Famalicão por quatro bolas a uma e segurou o segundo lugar, com 31 pontos.

Com estes resultados, não houve mudanças nos três primeiros lugares, com o Sporting a liderar a tabela, imbatível há 13 jogos na liga, acumulando 35 pontos. De seguida, FC Porto e Benfica estão empatados nos 31 pontos, e logo no quarto lugar, à espreita, está o SC Braga, com 27 pontos.