Audiências: O sobe-e-desce da SIC e da TVI

Audiências: O sobe-e-desce da SIC e da TVI


SIC e TVI têm lutado por conseguir a preferência dos portugueses. Embora a estação de Paço de Arcos tenha vencido no global de 2020, a de Queluz aproxima-se. Mudanças têm mostrado ser uma boa aposta.


O ano começou com grandes mudanças na TVI: Manuel Luís Goucha saltou das manhãs para as tardes com um programa em nome próprio e as manhãs ficaram a cargo de Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz, com o Dois às 10, que colocou fim a 16 anos de Você na TV!. Esta é mais uma tentativa da estação de Queluz para conseguir chegar à liderança das audiências. 

A aposta parece ter sido conseguida. Mas não totalmente. À tarde, por exemplo, Manuel Luís Goucha conquistou a preferência dos portugueses e chegou mesmo, no segundo dia de programa, a ficar a dez pontos de distância da ‘concorrente’ Júlia Pinheiro. No entanto, no dia seguinte, Júlia conseguiu a liderança, no que tem sido um sobe-e-desce entre estes dois programas ao longo da semana.

Da parte da manhã, a nova dupla de apresentadores manteve sempre a liderança, mas João Baião e Diana Chaves têm encurtado a distância. Ainda assim, os números não mentem: a curiosidade dos portugueses pelos novos programas da TVI foi notória e Dois às 10 e Goucha ganharam na estreia, tendo dado o primeiro lugar à estação.
Já no último dia de audiências disponível ao fecho desta edição (quinta-feira), a SIC tinha voltado a liderar de forma destacada, com os três programas mais vistos do dia a pertencer à estação de Paço de Arcos: o debate presidencial entre Marisa Matias e André Ventura, com mais de 1,5 milhões de telespetadores; a novela Amor Amor – nova grande aposta da SIC –, com cerca de 1,4 milhões; e a telenovela Nazaré, com 1,3 milhões. Nesse dia, da parte da manhã, Dois às 10 reforçou a liderança e Goucha perdeu, pela primeira vez, face a Júlia Pinheiro.

Mas ambas as estações vão ainda estrear novidades. A título de exemplo, All Together Now é a aposta da TVI para os fins de semana e será apresentado por Cristina Ferreira. Já a SIC volta a juntar a dupla Cláudia Vieira e João Manzarra para apresentar Regresso ao Futuro.

Com subidas e descidas, 2020 foi o ano da SIC
2020 foi um ano renhido no que diz respeito às audiências de TV. O surpreendente regresso de Cristina Ferreira à TVI, bem como todas as mudanças na estrutura da Media Capital, prometiam um regresso à liderança mas, no balanço do ano, não foi isso que aconteceu – apesar de a estação de Queluz ter vindo a recuperar telespetadores nos últimos meses.

Mas vamos a números. A SIC terminou o ano a liderar as audiências com 19,8% de share contra os 15,2% da TVI e os 11,9% da RTP. Segundo a estação de Pinto Balsemão, «este é o melhor resultado anual da SIC desde 2013». A SIC revela ainda que «há 11 anos, desde 2009, que a diferença entre o primeiro e o segundo canal não era tão grande».
No entanto, para a TVI, este foi um ano «de crescimento e recuperação».

Em comunicado, a estação explica que registou em dezembro o melhor mês do ano e que, em 12 meses, a diferença para o líder SIC caiu de 6,5% para 1,4%. A estação de Queluz registou ainda um crescimento de 30% de audiência na comparação entre o quarto trimestre e o primeiro trimestre de 2020, mais ou menos pela altura em que começaram a ser transmitidas as alterações de Cristina Ferreira, bem como em que entraram novas caras na informação e no entretenimento do canal.