O meu 11 de sempre.  Aviso já que  o Pelé joga  a guarda-redes avançado!

O meu 11 de sempre. Aviso já que o Pelé joga a guarda-redes avançado!


De cada vez que atravessamos uma década, o exercício repete-se. A minha equipa de todos os tempos entraria em campo para aí com 30 jogadores: há gente que me recuso a deixar de fora.


A cada década que passa nas folhinhas do calendário, o mundo desata a imaginar os seus 11 de todos os tempos, tarefa tão injusta que chega a ser indigna. A revista francesa France Football, para a qual trabalhei vários anos, tomou mesmo a opção de encher a primeira página com a escolha dos seus jornalistas e votantes de outras áreas. Não chegou. Acrescentou-lhe mais duas equipas suplentes. Encaixotou 33 jogadores em posições macabras só porque não podia deixá-los de fora. Por exemplo: para que pudesse juntar Cristiano Ronaldo, Ronaldo Nazário e Messi na frente, encafuou Pelé na ponta direita e Maradona na ponta esquerda. Aviso desde já: para mim Pelé jogaria onde quisesse e onde lhe apetecesse. Só para facilitar a arrumação do conjunto, punha-o a guarda-redes avançado, ele que foi um excelente guarda-redes e o melhor avançado de todos os tempo. Vi-o pouco, mas foi suficiente o que revi e li. Recordo-me de 1970, do Mundial, o meu pai guiando o Mini até ao Santo da Serra onde havia um café que transmitia os jogos em direto através da televisão das Canárias. Pelé para mim é único, inevitável e indiscutível.

Se fosse, depois, obrigado a ir por aí fora, a minha equipa entraria em campo com uns 30 jogadores. Reparem, por exemplo, em Di Stéfano: nunca vi jogar Don Alfredo, mas se tanto Eusébio como Pelé o consideravam como o melhor jogador do mundo, que hipótese tenho eu de o atirar para um banco de suplentes. Eusébio, por seu lado, vi-o muito. 

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