Natal sem circo. E toda a magia a pandemia levou

Natal sem circo. E toda a magia a pandemia levou


Se, no início do ano, os circos pensavam trabalhar no Natal, com o agravar da pandemia sobra apenas uma réstia de esperança, para o futuro. O truque de magia para sobreviver tem sido recorrer a poupanças de muitos anos, mas também há quem tente salvar o Natal.


Dezembro costuma ser o mês em que altifalantes nas ruas anunciam as datas e os números do próximo circo naquela aldeia, vila ou cidade. O cheiro característico a pipocas, a poeira e a animais fica a pairar durante dias. As crianças pedem aos pais para ver os palhaços, os leões e os trapezistas, as bancadas enchem-se de famílias. Mas em ano de pandemia as ruas estão silenciosas e sem aquela mistura de cheiros; as crianças ficam em casa e os artistas nas caravanas, sem as luzes nem os aplausos do público.

“Portugal é um país que gosta de circo e este ano não vai haver circo, o Natal não vai ter tanta magia”, lamenta Victor Hugo Cardinali, dono de um dos maiores circos portugueses. Em 33 anos nunca esteve parado durante tanto tempo, desde março sem vender um bilhete. O mês de Natal seria, para os empresários de circo, a última esperança para conseguir recuperar algum dinheiro, uma vez que representa a maior fatia da faturação anual, com as festas das empresas. Num ano normal, em dezembro, o circo Cardinali fazia de quatro a cinco espetáculos por fim de semana e cerca de 30 espetáculos num mês. Só que a pandemia não abre exceções nem é amiga de festas. 

Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.