Um intenso cheiro a alho


Esforço o olhar para lá do Rio e não vejo nada. Não vejo sequer o rio. Uma névoa espessa isolou-me na varanda para já sem Sado, embora saiba que não tarda o sol dissipará as nuvens. “Há nevoeiro sobre a Mancha; o Continente está isolado”, gostam de dizer os ingleses naquele seu complexo de superioridade…


Esforço o olhar para lá do Rio e não vejo nada. Não vejo sequer o rio. Uma névoa espessa isolou-me na varanda para já sem Sado, embora saiba que não tarda o sol dissipará as nuvens. “Há nevoeiro sobre a Mancha; o Continente está isolado”, gostam de dizer os ingleses naquele seu complexo de superioridade que bate no ponto com o complexo de inferioridade de uma das personagens de Woody Allen: “Complexo de inferioridade, eu? De maneira nenhuma! Sei que sou inferior!”. Deus atribuiu-lhes a graça de serem uma ilha. E, dessa forma, evitou-lhes o sempre desconfortável embaraço de serem obrigados a repartir fronteiras com outros países. «A very wealthy distance, old sport», como diria um cavalheiro que se recusasse a partilhar a sua carruagem de comboio com a populaça. Ah! Para lá da Mancha existe uma “disgusting” promiscuidade de fronteiras. Depois veio o Túnel. The Tunnel. The Channel Tunnel. The Chunnel! Com o Tunnel, por mais nevoeiro que haja, o Continente deixou de estar isolado. 50,450 quilómetros de comprimento, dos quais 37,9 debaixo de água. Calais já não é o lado de lá de Dover; agora há também Folkestone.

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Um intenso cheiro a alho


Esforço o olhar para lá do Rio e não vejo nada. Não vejo sequer o rio. Uma névoa espessa isolou-me na varanda para já sem Sado, embora saiba que não tarda o sol dissipará as nuvens. “Há nevoeiro sobre a Mancha; o Continente está isolado”, gostam de dizer os ingleses naquele seu complexo de superioridade…


Esforço o olhar para lá do Rio e não vejo nada. Não vejo sequer o rio. Uma névoa espessa isolou-me na varanda para já sem Sado, embora saiba que não tarda o sol dissipará as nuvens. “Há nevoeiro sobre a Mancha; o Continente está isolado”, gostam de dizer os ingleses naquele seu complexo de superioridade que bate no ponto com o complexo de inferioridade de uma das personagens de Woody Allen: “Complexo de inferioridade, eu? De maneira nenhuma! Sei que sou inferior!”. Deus atribuiu-lhes a graça de serem uma ilha. E, dessa forma, evitou-lhes o sempre desconfortável embaraço de serem obrigados a repartir fronteiras com outros países. «A very wealthy distance, old sport», como diria um cavalheiro que se recusasse a partilhar a sua carruagem de comboio com a populaça. Ah! Para lá da Mancha existe uma “disgusting” promiscuidade de fronteiras. Depois veio o Túnel. The Tunnel. The Channel Tunnel. The Chunnel! Com o Tunnel, por mais nevoeiro que haja, o Continente deixou de estar isolado. 50,450 quilómetros de comprimento, dos quais 37,9 debaixo de água. Calais já não é o lado de lá de Dover; agora há também Folkestone.

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