Várias associações e advogados manifestaram-se hoje "preocupados" com o recente acordo entre França e Marrocos para facilitar o regresso de menores desacompanhados aos países de origem e consideraram que o texto é potencialmente contrário ao interesse superior das crianças.
O acordo, que ainda não é público, foi assinado a 07 deste mês durante a visita a Rabat do ministro da Justiça francês, Eric Dupond-Moretti, que argumentou que se pretende permitir aos magistrados ter os elementos essenciais para tomar as medidas mais adequadas aos interesses dessas crianças, incluindo o regresso ao país de origem.
Num comunicado conjunto, várias dezenas de advogados e de associações, entre elas a Amnistia Internacional (AI) e o Sindicado dos Advogados de França, lamentaram a falta de transparência e de concertação na elaboração do texto do acordo.
Nesse sentido, pedem ao Governo francês para iniciar um diálogo com as associações para melhorar os dispositivos de proteção de crianças em perigo, "alavanca essencial para um combate eficaz ao crime que alimenta a (sua) vulnerabilidade".