Santos, cruzados, uma coleção de arte eclesiástica medieval, um grupo de colecionadores de arte judeus, a perseguição nazi, um presente de Göring para Hitler e a história da disputa por um valiosíssimo tesouro que chegou às mais altas instâncias judiciais nos Estados Unidos. Para a contar, há que recuar à década de 1930, e ainda bem antes: aos séculos xi a xv, altura em que foram produzidas as peças daquele que é conhecido como o Tesouro de Guelfo – Welfenschatz, na designação em alemão.
Constituído por dezenas de peças produzidas a partir da Idade Média que incluem um crucifixo com cristais de rocha incrustados e fragmentos de ossos que se diz serem de santos, levados para a Alemanha por cruzados, o tesouro deve o seu nome à dinastia à qual pertenceram, a partir do séc. xi e até ao séc. xx, uma série de monarcas alemães e britânicos. Originalmente guardada na Catedral de Brunsvique, cidade alemã da Baixa Saxónia, erigida nas margens do rio Oker, a coleção foi em 1929 vendida pelo então duque de Brunsvique a um consórcio de colecionadores de arte judeus. Por essa altura, já o partido nazi de Hitler se expandia para lá da sua base de influência inicial, na Baviera, e faltavam poucos anos para que Hitler chegasse ao poder. E esse não será um capítulo menor na história deste tesouro.
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