Fernando Maltez.”Hoje, um doente com VIH vive tanto como alguém  que não está infetado”

Fernando Maltez.”Hoje, um doente com VIH vive tanto como alguém que não está infetado”


No Dia Mundial da Luta Contra a Sida, o infeciologista Fernando Maltez lembra que no início das pandemias, como foi a do VIH, o medo é uma das primeiras reações. Na sida não houve respostas rápidas e a vacina nunca chegou, mas a doença deixou nas últimas décadas de ser uma sentença de morte. E…


O Dia Mundial da Luta Contra a Sida assinala-se esta terça-feira, este ano com o mote “Solidariedade Global, Responsabilidade Partilhada”. No meio de uma pandemia galopante, que colocou a saúde pública no centro das atenções, as Nações Unidas, que instituíram a data em 1988, lembram que a covid-19 veio demonstrar que, numa epidemia, ninguém está seguro até que toda a gente esteja seguro. “Eliminar o estigma e a discriminação, colocar as pessoas no centro e fundamentar as nossas respostas em direitos humanos e abordagens sensíveis ao género são a chave para acabar com a colisão de pandemias de VIH e covid-19”, alertam. Fernando Maltez, diretor do Serviço de Infecciologia do Hospital Curry Cabral e presidente da Sociedade Portuguesa de Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, acredita que as consultas à distância que permitiram manter resposta a doentes não covid-19 podem ter tido um impacto positivo no acompanhamento de pessoas infetadas com VIH e ficar como uma das aprendizagens da pandemia. E sublinha que, hoje, a sida já não é a doença sem resposta que era no início, mesmo sem nunca ter tido vacina. O estigma é também menor, mas continua a existir.

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