Solteiro que era, fazia uma vida um pouco extravagante. Levantava-se tarde e a más horas, recebia visitas misteriosas de madrugada. Chamava-se Alberto Brandão e ocupava seis divisões de um edifício sito na Rua dos Douradores, n.o 6. Rico e avarento como o Ebenezer Scrooge de Dickens. Às dez horas da manhã do dia 1 de dezembro de 1933 foi encontrado morto no seu quarto, uma pequena oficina com uma cama que comunicava com uma saleta. Apresentava um golpe profundo na face esquerda, várias equimoses na testa, tendo enrolada ao pescoço uma corda fina com vários nós.
O cadáver de Brandão foi descoberto por Elvira Rodrigues que, apesar de o hóspede não sair de casa cedo, lhe conhecia o hábito de vir à porta buscar o jornal que aí lhe deixavam pelas dez horas. Nesse dia, o periódico ficou ao abandono. Com o seu instinto coscuvilheiro, foi ao último andar calhandrar com a vizinha que aí vivia e resolveram ambas entrar nos aposentos de Brandão pela porta da saleta, que se encontrava estranhamente aberta.
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