Covid-19. O expectável desconforto da vacina

Covid-19. O expectável desconforto da vacina


É provável que algumas pessoas inoculadas tenha sintomas pouco duradouros, febre, cansaço ou inchaço no braço. E é preciso saber comunicar isso, não vá reforçar o movimento anti-vacinas, avisam especialistas.


Como acontece com tantas outras vacinas, tomar uma vacina contra o SAR-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, poderá vir a suscitar algumas reações. Inchaço no braço, alguma febre, cansaço temporário, foram tudo sintomas detetados nos ensaios da vacina da Pfizer e BionTech, bem como na da Moderna. E, numa altura em que o movimento anti-vacinação cresce cada vez mais, podendo pôr em risco a imunidade de grupo contra uma doença que matou quase 1,5 milhões de pessoas, é preciso que as autoridades saibam comunicar isso com clareza, avisam especialistas.

“Acompanho essa preocupação desde o início. Porque é normal, algumas vacinas podem causar febre, ardor, inchaço. E esta também, nesse sentido é uma vacina normal. Mas ser normal é ter alguns problemas, não é preciso dar ideia de que não tem efeitos adversos”, salienta Miguel Castanho, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM) e professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. “Se se dá ideia que é só ir acolá, tomar uma vacina, depois volta-se e está tudo ótimo, tudo fantástico, e depois aparecem efeitos secundários, as pessoas começam a achar que não lhes disseram tudo”.

E há uma dificuldade acrescida. As vacinas mais avançadas nos ensaios clínicos, da Pfizer e BioNTech, AstraZeneca e da Universidade de Oxford, bem como a da Moderna, têm previstas a toma em duas doses.

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