Filho de António Costa paga táxis para levarem refeições ao domicílio

Filho de António Costa paga táxis para levarem refeições ao domicílio


Pedro Costa, presidente da junta de Campo de Ourique, apoia restaurantes locais durante fins de semana e feriados com recolher obrigatório.


A Junta de Freguesia de Campo de Ourique (Lisboa), presidida por Pedro Costa – filho do primeiro-ministro, António

Costa –, vai disponibilizar táxis para que os restaurantes locais possam transportar gratuitamente refeições até casa dos seus clientes nos próximos fins de semana e feriados, em que vigora o recolher obrigatório a partir das 13h00 (e até às 05h00).

A medida não é, aliás, inédita, uma vez que já tinha sido anunciada a nível concelhio em localidades como Famalicão, Matosinhos, Condeixa, Grândola, Vizela ou Nelas – merecendo mesmo prontos elogios da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

A decisão de Pedro Costa, que lidera a junta de Campo de Ourique desde o último mês de junho – após a renúncia do anterior presidente e deputado do PS Pedro Cegonho, eleito nas autárquicas de 2017 –, tem como objetivo permitir que os restaurantes que não têm meios para entregar comida ao domicílio possam fazê-lo sem que sejam obrigados a pagar as comissões praticadas pelas plataformas que operam esse serviço em Portugal (agravando assim os seus custos).

Recorde-se que nos próximos fins de semana e feriados (1 e 8 de dezembro), os restaurantes estão impedidos de ter portas abertas a partir das 13h00, não podendo sequer vender refeições para consumir fora, em sistema de take-away, uma medida no âmbito do estado de emergência para evitar a propagação da covid-19, mas que tem motivado muita contestação entre o setor.

 

Manif em preparação

Entretanto, o movimento “A Pão e Água” continua a preparar a manifestação prevista para quarta-feira à tarde, frente à Assembleia da República. Em mensagens a que o i teve acesso, os organizadores da iniciativa apelam à mobilização dos setores da “restauração, noite, pequeno comércio, cultura, turismo e hotelaria”, mas também de “todos aqueles que se quiserem juntar” ao protesto. A organização já disponibilizou autocarros gratuitos para quem quiser deslocar-se à capital, com saídas previstas do Porto, Vila Real, Vale do Sousa, Coimbra e Aveiro.