Liverpool. Meia dúzia de rapazolas debruçados sobre um mapa

Liverpool. Meia dúzia de rapazolas debruçados sobre um mapa


Eram todos alunos de um colégio capuchinho. Liderados por José Freire, fizeram nascer um outro Liverpool na América do Sul, no Uruguai.


Belvedere, Montevideu, 1915. Uma zona que começou por ser conhecida por Paso Molino, que faz fronteira a norte com o bairro de Nuevo Paris e com os de La Teja e Tres Ombués a sul. Imaginem um grupo de rapazolas debruçados sobre uma mesa onde se estende um mapa da Grã-Bretanha. Há um nome que agrada a todos. Ou, pelo menos, à grande maioria: Liverpool. A decisão fica tomada logo ali: o clube de futebol que estão prestes a fundar chamar-se-á Liverpool.

É preciso dizer, pelo caminho, que o Liverpool Football Club, que já existia desde o dia 3 de junho de 1892, não era ainda propriamente um dos mais fascinantes clubes ingleses. Conquistara dois campeonatos, é bem verdade, em 1900-01 e em 1905-06, mas não atingira nem o poder nem a popularidade de, por exemplo, o Aston Villa – com cinco títulos –, o Sunderland – com quatro – ou o Preston North End, a primeira grande equipa a dominar o association depois de devidamente organizado.

Era fevereiro no Uruguai. Verão, portanto. Os jovens eram todos alunos do Colegio de los Padres Capuchinos. Além de o nome de Liverpool agradar a todos, aprenderam nas aulas de Geografia a importância do porto de Liverpool no movimento marítimo transatlântico que trouxera para a América do Sul muitos especialistas ingleses que se dedicavam aos mais diversos misteres, desde a indústria dos curtumes à exploração de minas de carvão e à inevitável construção das linhas de caminhos-de-ferro.

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