No dia 28 de maio de 1968, véspera da final da Taça dos Campeões Europeus entre Manchester United e Benfica, em Wembley, largas linhas eram dedicadas nos jornais à previsível marcação de Nobby Stiles a Eusébio. Afinal, já era assunto repetido: o inglês Norbert Peter Stiles, nascido em Collyhurst a 18 de maio de 1942 (apenas três meses mais velho que a Pantera Negra de Moçambique), recebera a mesma incumbência na meia-final do Mundial de 1966, também em Wembley, no Inglaterra-Portugal (2-1).
O grande Mário Zambujal, um dos enviados especiais a Londres, colocava a questão com clareza: “A imprensa inglesa tem referido com frequência as críticas benfiquistas à forma como Stiles costuma atuar. Será que renunciará às suas habituais violências e truques para provar que também sabe jogar limpo? É uma pergunta a que só o próprio jogo poderá responder, mas julgamos que Eusébio não deixará de se insurgir contra a vigilância apertadíssima e impiedosa”. Bem pôde o pobre Eusébio insurgir-se. Quem rebobina aqueles primeiros 20 minutos dessa final de Wembley, que o United venceria por 4-1 após prolongamento, arrepia-se pela forma como Stiles caçou a sua vítima a patadas como se fosse uma ratazana, com a total complacência de um dos mais conceituados árbitros da época, o italiano Concetto Lo Bello.
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