Efeitos da pandemia. “A Baixa está uma miséria”

Efeitos da pandemia. “A Baixa está uma miséria”


Os comerciantes da Baixa lisboeta dizem nunca ter visto nada assim: lojas a fechar e poucas pessoas nas ruas. Apesar de admitirem que são precisas medidas restritivas, temem que a situação económica agrave. E criticam as iluminações de Natal.


A hora de almoço está quase a chegar, mas a manhã não foi boa. No meio de tudo e mais alguma coisa, não fosse aquela loja uma drogaria, Rute Peixe vendeu uma pasta dentífrica Couto, um sabão azul e branco, uma embalagem de álcool gel e um detergente desinfetante. E tem sido assim todos os dias, conta a funcionária da Drogaria Central, que faz parte da rede Lojas com História, em plena rua da Prata, em Lisboa.

Os clientes são cada vez menos e isso reflete-se logo nas encomendas, que são muito menos desde que o número de casos de infeção por covid-19 começou a aumentar, o turismo a cair e os portugueses a ficar em casa. E a funcionária que trabalha ali há 14 anos dá o exemplo dos desodorizantes: “Antes tinha de encomendar desodorizantes todas as semanas. Agora, há mais de dois meses que não faço e eles continuam aqui”.

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