Obama apela ao voto em “irmão” Biden nas “eleições mais importantes da nossa vida”

Obama apela ao voto em “irmão” Biden nas “eleições mais importantes da nossa vida”


O ex-presidente dos Estados Unidos críticou Trump e a forma como este geriu a pandemia gerada pela covid-19.


Naquele que é o último fim de semana antes das eleições norte-americanas, o ex-Presidente Barack Obama entrou em cena para apoiar Joe Biden, o seu ex-vice presidente, e apontou o dedo a Donald Trump, acusando-o de não ter levado a sério a pandemia de Covid-19 nem a presidência.

No comício, o ex-presidente democrata, que discursou para eleitores em centenas de carros num parque de estacionamento de uma escola secundária de Flint, confessou que inicialmente esperava, “para o bem do país” que Donald Trump “pudesse levar o trabalho a sério” mas que este, efetivamente, “nunca o fez”.

Obama criticou ainda a preocupação do atual Presidente dos Estados Unidos em ter multidões nos seus comícios em vez de se preocupar com a pandemia que o país está a atravessar e que já ceifou a vida de mais de 230 mil americanos.
Neste comício, os democratas a aproveitarem a presença do primeiro Presidente negro do país para apelar o voto dos eleitores afro-americanos do Michigan, um estado tradicionalmente democrata, mas que Donald Trump conquistou nas eleições de 2016.

Obama não escondeu o apoio e afeto por Joe Biden e tratou-o mesmo por “irmão”. “Faltam três dias para as eleições mais importantes das nossos vidas – incluindo a minha, que foi bastante importante”, disse o ex-Presidente, recordando as campanhas de 2008 e 2012.

Campanha republicana Já o atual Presidente marcou presença no estado da Pensilvânia, e apostou num discurso focado nos trabalhadores brancos.

Trump repetiu as suas preocupações sobre fraude eleitoral, e deu como exemplo o caso de Filadélfia, uma cidade com uma maioria de população afro-americana, importante para o destino de Joe Biden no estado.

Os republicanos apostam que Trump pode chegar ao segundo mandato se conseguir aumentar a afluência às urnas entre os seus mais fieis apoiantes brancos, sem formação académica e eleitores rurais.

Segundo a agência Associated Press, na manhã de sábado já quase 90 milhões de eleitores tinham votado antecipadamente.