Aproxima-se o dia em que os norte-americanos decidirão qual será o seu próximo presidente numa eleição em que se joga muito mais do que apenas a mítica cadeira da sala oval. E se é verdade que segundo os dados disponibilizados, Joe Biden leva vantagem nas sondagens liderando as aparentes intenções de voto, isso não significa que Donald Trump não tenha chance de se reeleger.
Até porque, não esqueçamos, no sufrágio anterior Hillary Clinton liderou praticamente todas as sondagens e perdeu copiosamente as eleições. Mas esta análise, a de que Trump tem todas as condições para ser reeleito (e eu desejo que isso aconteça) é curta no que em termos geopolíticos representam estas eleições. Está em jogo o futuro do mundo livre.
Numa sociedade global em que florescem como cogumelos (venenosos) governos e ideologias de esquerda radical que querem destruir os valores e identidade ocidentais, só uma América Republicana conservadora conseguirá garantir o pilar de estabilidade que contraponha este fenómeno.
Com uma China comunista a ganhar terreno como a mais forte potência candidata a rivalizar o duelo de supremacia internacional com os EUA (colocando a Rússia de parte porque é um player estável), importa que a Casa Branca se imponha ao encarnado oriental.
O momento que atravessamos é a todos os níveis histórico e exige de meia dúzia de líderes uma repescagem de comportamentos do Passado. Um Passado não muito longínquo, que potenciou o mundo livre como o conhecemos e que tendo sido negligentemente entregue à esquerda global nos conduziu onde nos encontramos.
Da mesma forma que no seu tempo Ronald Reagan, Margareth Thatcher e João Paulo II foram a primeira linha de combate à esquerda global levando-a à sua quase exiguidade, o mesmo terá agora de acontecer. E o agora, com as devidas diferenças intelectuais entre os actores do passado e do presente, terá de contar politicamente com os EUA, o Reino Unido e a Igreja Católica ao comando das operações. Com convicção.
Donald Trump, mesmo com a sua natural irascibilidade e imprevisibilidade, terá de ser, no imediato, o representante Americano desta nova tríade a que se deve juntar Boris Johnson. Do Vaticano e da igreja católica também terá de haver comunhão de atitude.
O Papa Francisco é sem dúvida um homem com quem se simpatiza facilmente pela afabilidade que pela idade um velhinho de gesto e postura “querida” sempre nos liberta. Mas não chega. Não é essa a igreja católica que, neste momento, atendendo à gravidade das movimentações que se vivem, o mundo precisa.
Mas se o Vaticano é fé, a Cúria é um partido político. Sente-se hoje que também o Papa tende a piscar o olho à esquerda da mesma quando o que se impõe é que tal como João Paulo II e Bento XVI (saneado politicamente, que ninguém duvide disto ou acredite que deixou de ser Papa por qualquer outra razão), tenhamos um Papa que seja intransigente com as doutrinas destruidoras dos direitos, liberdades e garantias, da dignidade da pessoa humana e do abuso da identidade pessoal de cada um em função de credos distintos e obscuros.
As eleições americanas jogam, dia 3, quem se sentará na sala oval, mas sobretudo quem se sentará na cadeira de comando da geopolítica mundial nas próximas décadas.
Algo igualmente importante, e aí independentemente do resultado que se venha a verificar, será, ao que tudo indica, o legado que Trump deixará garantido antes das eleições através de uma maioria conservadora no Supremo Tribunal num rácio de seis contra três juízes.
Esta será uma importantíssima arma que internamente salvará o país da anarquia e bloqueará a inversão de valores que os democratas e alegadamente as forças de Soros querem impor à América e ao mundo.
Rodrigo Alves Taxa