Em Portugal, a violência doméstica matou mais de 500 mulheres nos últimos 15 anos. Na esmagadora maioria, as vítimas são mortas por homens em contexto de relações de intimidade ou familiares.
No livro Murro no Estômago, Paulo Jorge Pereira reúne histórias de vítimas que são também sobreviventes. Relatos emotivos, duros e crus na primeira pessoa; exemplos deixados com a esperança de que a história de quem os lê possa ser diferente.
São as histórias de sete mulheres sobreviventes de violência doméstica, mas apenas Sónia Grilo aparece com o nome verdadeiro, uma vez que o seu caso já era do domínio público antes deste livro. Alice, Beatriz, Carla, Deolinda, Patrícia e Telma são nomes fictícios por respeito à proteção das vítimas.
A estas histórias juntam-se, pela primeira vez em livro, testemunhos de profissionais que combatem o fenómeno e se empenham na defesa de quem sofre.
"A violência doméstica é democrática. Atinge todos os sexos, todas as idades, todas as cores. De todo o lado. Em todo o lado"
Daniel Cotrim, assessor técnico da Direção da APAV, in prefácio.